Quadra chuvosa: como está o Parque do Cocó em quase dois meses sem sol

Principal área verde de Fortaleza recebe eventos e abriga espaços de esporte e lazer; estruturas do Parque do Cocó funcionam em regime diferenciado durante o período de chuvas

Com dois meses de chuvas quase ininterruptas em Fortaleza - incluindo 40 dias com precipitação diária - alguns espaços da Capital, conhecidos pelas atividades ao ar livre, precisam passar por adaptações. Um destes é o Parque do Cocó, principal área verde da cidade.

Abrigando estruturas de esporte e lazer, além de receber eventos e projetos relacionados ao meio ambiente, o espaço funciona de forma diferenciada nesse período de chuvas. O POVO esteve no Parque na manhã deste sábado, 23, e acompanhou a movimentação e as adaptações no local.

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Um dos diferenciais mais notáveis é nas trilhas. Com as chuvas constantes e o tempo úmido, dificultando a evaporação da água, elas estão constantemente fechadas devido a alagamentos. Além de permitir passeios pelas áreas mais internas do Parque, elas são parte de alguns projetos, como o Vem Passarinhar, de observação de aves.

Segundo José Gilvan de Sousa, o Gil do Cocó, que cuida da manutenção do Parque, o fechamento das trilhas não significa uma má estrutura do local. Por serem localizadas em áreas de mangue e mata, é natural que os espaços alaguem totalmente no período chuvoso.

Os acessos são fechados para evitar que os frequentadores sofram acidentes: além do chão escorregadio, a água promove deslizamento de areia e abre buracos no caminho. O monitoramento, segundo ele, é contínuo: nessa sexta-feira, 22, as trilhas chegaram a ser abertas, mas foram interditadas durante o dia, quando a chuva ficou mais intensa.

Ele pontua que outras atividades também deixam de acontecer devido à chuva. O campo de golfe e a recém-inaugurada quadra de bocha, por exemplo, não têm como ser usados durante a precipitação. As estruturas de arvorismo, por sua vez, abrem de forma intermitente: mesmo neste período, elas podem ser usadas em momentos que não esteja chovendo.

Por fim, Gil pontua a diferença das chuvas para o público do Parque e a vida selvagem. "Se fosse um período sem chuva, o Parque estaria lotado a uma hora dessas [por volta das 9h30min, quando aconteceu a entrevista]. Tem aniversários, ensaios de casamento, de gestante". Ele destaca, porém, que as plantas estão recebendo bem o clima: "está bem verde, o gramado está bonito", conclui.

No tempo que a reportagem esteve no Parque, de fato, havia pouco movimento. Grupos e casais aproveitavam algumas tendas no gramado para fazer piqueniques sem se molhar, e, mesmo com a chuva variando de intensidade, o campo de futebol recebia uma partida entre amigos. Algumas pessoas se arriscavam em caminhadas ou passeando com cães.

Os espaços de arvorismo funcionavam conforme o tempo abria, ao longo da manhã, parando as atividades quando a chuva ficava mais pesada. Uma família chegou à entrada de uma das trilhas, próxima à estação do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), apenas para descobrir o acesso fechado.

Mesmo com as chuvas, o acesso ao Parque do Cocó segue livre, com as atividades específicas variando conforme as condições climáticas. A área funciona diariamente, das 5h30min às 22 horas.

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