Casa Azul fomenta condomínio industrial e hub tecnológico no Amapá

O acordo faz parte de iniciativas para a criação do Condomínio Industrial de Startups e estabelece a cooperação entre as instituições

13:14 | Dez. 05, 2025

Por: Isabella Pascoal
O acordo reafirma a tese de que a Amazônia pode unir portos estratégicos em um único modelo de desenvolvimento (Foto: Aurélio Alves/O Povo) (foto: AURÉLIO ALVES)

Santana (AP) deu um passo decisivo rumo ao fortalecimento do seu ecossistema de inovação com a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica (TCT) entre a cearense Casa Azul Ventures, a Prefeitura do município e a Associação Inova Cumaú.

O acordo formaliza uma série de ações voltadas à criação do Condomínio Industrial de Startups e do Hub de Inovação na Cidade, com foco em tecnologia, bioeconomia e desenvolvimento industrial.

Na prática, o termo estabelece a cooperação entre as instituições para estruturar um ambiente que favoreça o crescimento de startups, atraia investimentos e conecte empreendedores, poder público, indústria e universidades.

Santana (AP) como polo estratégico de tecnologia na Amazônia

O pacote de acordos posiciona Santana como um vetor estratégico de desenvolvimento na região Norte, ao integrar inovação tecnológica, vocação industrial, bioeconomia — economia baseada no uso sustentável da biodiversidade — e logística portuária.

A proposta é estruturar um ambiente capaz de atrair fundadores de startups, investimentos voltados a empresas inovadoras em fase de crescimento e projetos de scale-up, cujas empresas já validaram modelo de negócio e estão em crescimento acelerado e sustentável.

A iniciativa sustenta a ideia de que a Amazônia é um território promissor para negócios de impacto, intensivos em conhecimento e tecnologia.

Indústria, tecnologia e pesquisa no mesmo ecossistema

Além do acordo principal, foi firmado um Termo de Cooperação Técnica quadripartite entre a Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap), a Petrosoft, a Inpetu e a própria Inova Cumaú.

O objetivo é aproximar ainda mais o setor produtivo dos empreendedores de base tecnológica e das instituições de pesquisa.

Esse arranjo fortalece a integração entre indústria tradicional e inovação, criando um ambiente mais propício para o desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas à realidade local.

Prefeitura aposta na inovação como motor de desenvolvimento

Para a prefeita em exercício de Santana, Isabel Nogueira, a iniciativa representa mais um passo concreto na construção do futuro econômico do município.

“Estamos construindo um ambiente sólido para que nossas startups cresçam, para que jovens talentos tenham oportunidades e para que a inovação faça parte do nosso desenvolvimento econômico”, afirmou.

Segundo ela, a Prefeitura seguirá como parceira e incentivadora do avanço tecnológico no município.

Inova Cumaú articula o ecossistema

Na governança do projeto, a Inova Cumaú assume papel central ao articular empresas, universidades e poder público.

O CEO da instituição, Rogério Meireles, explica que a meta é transformar desafios locais em soluções tecnológicas e fortalecer a base industrial do Estado.

“O conjunto dos termos assinados representa uma ponte vital entre o setor produtivo, a pesquisa e o conhecimento tecnológico. Trata-se da consolidação de uma agenda colaborativa que integra o dinamismo das startups ao músculo da indústria do Amapá”, afirma.

Segundo ele, a expectativa é transformar Santana e o Estado em uma referência em tecnologia e inovação no Norte do Brasil.

Casa Azul vê a Amazônia como território estratégico para inovação

Para a Casa Azul, o acordo reafirma a tese de que a Amazônia pode unir porto estratégico, bioeconomia e tecnologia em um único modelo de desenvolvimento.

“O que está acontecendo em Santana é um movimento muito interessante de fortalecimento do ecossistema, com empreendedores, governo, investidores, aceleradoras e academia atuando juntos, em uma dinâmica com forte potencial de conexão com mercados internacionais via porto”, destacou Gustavo Gurgueira, diretor de Inovação da Casa.

Impacto direto na economia do Amapá

Para empreendedores, investidores e pesquisadores, o novo arranjo sinaliza que o Amapá passa a oferecer um ambiente mais estruturado para testar soluções, escalar startups e atrair capital de risco.

A expectativa é de impacto direto na geração de emprego, renda e competitividade econômica no Estado.

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