CV x GDE: mais de 1.400 foram presos este ano por envolvimento em facção criminosa no Ceará
Número é 61,5% maior que os oito primeiros meses do ano passado; 19 pessoas foram presas após a soltura de fogos registrada nessa segunda-feira
Com o acirramento entre facções criminosas no Ceará, as prisões e apreensões por envolvimento com o crime organizado têm crescido no Estado.
Entre janeiro e agosto deste ano, 1.418 pessoas foram capturadas suspeitas de envolvimento com alguma organização criminosa, número 61,5% maior que o registrado no mesmo período de 2024, quando 878 foram apanhados.
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Os dados foram repassados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) durante a noite da última segunda-feira, 15, após o registro de foguetórios em Fortaleza, atrelados à anexação de territórios à facção carioca Comando Vermelho (CV).
As capturas são realizadas cotidianamente e em grandes operações, como a vista no último mês de agosto, quando 80 faccionados foram presos pelas forças de segurança do Estado em três dias.
As prisões e apreensões nos oito primeiros meses deste ano já superam o quantitativo de todo o ano de 2023, quando 992 suspeitos foram capturados, conforme noticiado pelo O POVO.
Na última semana, entre segunda-feira, 8, e quinta-feira, 11, foram presos mais de 30 suspeitos de envolvimento com as duas principais organizações criminosas do Estado, CV e Guardiões do Estado (GDE).
Ao todo, 27 mandados de prisão foram cumpridos, além de três capturas em flagrante e uma apreensão de adolescente.
Parte dos alvos teria envolvimento com a morte do subtenente da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Ricardo Silveira Neto, assassinado a tiros e facadas no bairro Pirambu, em janeiro.
19 pessoas presas após queima de fogos
Outras 19 pessoas foram presas durante a noite da segunda-feira, 15, suspeitos de participação em atos criminosos relacionados à soltura de fogos vista em Fortaleza e Região Metropolitana (RMF). As capturas aconteceram na Capital e em Maranguape, município da RMF.
Na Capital, as ações ocorreram nos bairros Autran Nunes, Parque Santa Maria, Paupina, Vicente Pinzón, Cristo Redentor, Bom Jardim e Floresta, enquanto na RMF, se restringiu ao bairro Novo Maranguape II.
Os alvos tinham passagens na polícia por diversos crimes. Também foram apreendidas armas, munições, celulares e fogos de artifícios.
As investigações para especificar a ligação dos presos com as organizações criminosas estão sendo comandadas pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE).