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Austrália cancela novamente visto de Djokovic; tenista pode ser deportado

Primeiro no ranking mundial do esporte, Novak Djokovic defende posições antivacina, e não se imunizou contra a Covid-19; ministro da Imigração australiano cancelou pessoalmente visto do tenista

O tenista sérvio Novak Djokovic teve seu visto australiano cancelado pela segunda vez em pouco mais de uma semana. O próprio ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, revogou nesta sexta-feira, 14, a permissão do atleta de permanecer no país.

Defensor de posições antivacina, que contrariam os fatos científicos sobre o assunto, Djokovic não se imunizou contra a Covid-19. Ele chegou ao país em 6 de janeiro para participar Australian Open, torneio de tênis do qual já foi campeão nove vezes, e que faz parte do circuito mundial de competições do esporte, o Grand Slam - em que Djokovic tem 20 títulos.

Logo após seu desembarque na Austrália, porém, o visto do tenista foi cancelado. O país exige que todos os estrangeiros recém-chegados apresentem comprovante de vacinação contra a Covid-19. Djokovic cumpriu quarentena em um hotel após horas detido pelo Departamento de Imigração australiano, mas foi liberado na segunda-feira, 10, por uma ordem judicial.

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Na decisão que devolveu o visto ao atleta, o juiz argumentou que os oficiais de imigração não seguiram os procedimentos administrativos corretos. Deste modo, Djokovic ganhou o direito de permanecer no país até o processo ser concluído.

A Austrália tem política extremamente rígida de lockdowns e quarentenas para frear o avanço da Covid-19. Por isso, muitos cidadãos do país se revoltaram com a permissão concedida ao tenista, que abertamente afirma não ter se imunizado, em contraponto às restrições de locomoção dentro do território australiano, mesmo para pessoas vacinadas.

Considerando as críticas, o governo australiano decidiu revogar novamente o visto de Djokovic. Embora o tenista possa recorrer judicialmente da decisão, a possibilidade de reverter o ato é baixa. A lei de imigração do país permite que o ministro responsável cancele por conta própria a permissão para permanência de um cidadão estrangeiro na Austrália, sob determinadas circunstâncias.

Em nota, Alex Hawke pontuou que a decisão foi tomada por ser de interesse público. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, defendeu o posicionamento de Hawke, dizendo que a escolha representou a proteção dos sacrifícios realizados pela população do país para impedir a propagação do coronavírus.

Com o cancelamento do visto, Djokovic deve ser deportado de volta à Sérvia. Ele também pode ser proibido de entrar na Austrália por três anos. Na manhã desta sexta-feira acontece a audiência de instrução do processo, e o atleta deve ser interrogado por oficiais de imigração nas próximas horas.

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