Halloween: confira filmes de terror com histórias assustadoras nos bastidores
Em comemoração ao Dia das Bruxas, neste 31 de outubro, veja filmes de terror com histórias assustadoras nos bastidores e conheça suas supostas maldições
O Halloween, ou Dia das Bruxas, é comemorado em 31 de outubro, mas sua celebração no Brasil é feita com tradições diferentes dos Estados Unidos. Em vez de sair para pedir doces, muitas pessoas se reúnem para realizar festas à fantasia ou maratonar filmes de terror com amigos e parentes.
Entre os diversos filmes de terror que estão sendo relançados nos cinemas ou disponíveis nos streamings, alguns possuem histórias assustadoras de bastidores.
A seguir, confira uma seleção de produções consideradas amaldiçoadas e com curiosidades sinistras por trás das câmeras.
Poltergeist
Lançado em 1982 e dirigido por Tobe Hooper, conhecido por “O Massacre da Serra Elétrica”, “Poltergeist” se tornou um fenômeno na cultura pop pela sua assombração na forma de um boneco de palhaço e pela protagonista mirim interpretada por Heather O’Rourke.
No entanto, o filme é categorizado como “supostamente amaldiçoado” pela utilização de ossadas reais na cena em que uma personagem cai em uma piscina com esqueletos.
O que estimula essa suposta maldição é o fato de quatro atores terem morrido durante e após as filmagens de filmes da franquia.
Duas dessas mortes são consideradas intrigantes por acontecerem de maneira trágica, levando à especulação de que parte do elenco foi “amaldiçoada” por atuar na franquia.
A primeira atriz a morrer foi Dominique Dunne, intérprete da irmã mais velha, Dana Freeling, no filme original. No mesmo ano, a atriz se separou de seu parceiro John Sweeney e ele pediu para voltar no mês de novembro.
Leia mais
Ao ouvir a recusa, John Sweeney estrangulou Dominique até a morte e a deixou na entrada da casa dela em Hollywood. Posteriormente, ele foi condenado a seis anos e meio de prisão, mas foi liberto após cumprir apenas três anos e sete meses.
Uma das mortes mais impactantes, no entanto, foi a da atriz mirim Heather O’Rourke, que estrelou o primeiro filme quando tinha apenas 6 anos de idade. Erroneamente diagnosticada com Doença de Crohn, Heather adoeceu e sofreu uma parada cardíaca, mas faleceu durante uma cirurgia de obstrução intestinal.
Hoje, acredita-se que ela sofria de uma anomalia intestinal congênita. Seu último longa foi “Poltergeist 3”, lançado quatro meses após sua morte em 1987.
Outros dois membros do elenco também morreram, mas de formas menos imprevisíveis e misteriosas.
Julian Beck, um dos antagonistas de “Poltergeist 2”, faleceu de câncer de estômago logo após concluir as filmagens do longa.
Will Sampson, que interpretava o xamã nativo americano Taylor, morreu em 1987 após um duplo transplante de coração e pulmão.
Embora as mortes tenham acontecido por assassinato, doenças e cirurgias, o elenco de Poltergeist viveu situações estranhas nos sets de filmagem. A atriz JoBeth Williams, que interpretou a mãe Diane Freeling nos dois primeiros filmes, foi quem afirmou que o produtor Steven Spielberg insistiu em usar ossadas reais como adereços do filme.
Além disso, em um esforço para assustar ainda mais a produção do longa, Will Sampson, um curandeiro de verdade, realizou um exorcismo após o término das filmagens para evitar os espíritos mencionados no filme.
O Exorcista
Um dos filmes de terror mais influentes do cinema norte-americano, “O Exorcista” deixou sua marca quando foi lançado em 1973. Dirigido por William Friedkin, a trama é sobre uma mãe solteira que precisa lidar com uma filha possuída, interpretada por Linda Blair.
Os fenômenos estranhos começaram antes mesmo das gravações, com um incêndio que tomou conta da casa dos MacNeil, a família protagonista. Supostamente, o único cômodo sobrevivente ao desastre foi o quarto de Regan, cenário no qual boa parte do exorcismo acontece no último ato do filme.
No documentário “The Fear of God: 25 Years of the Exorcist”, a atriz Ellen Burstyn, que interpretou a mãe de Regan, contou que nove pessoas morreram durante a produção, incluindo o bebê recém-nascido de um assistente de câmera e um vigia noturno.
Dentre os mortos estava o ator Jack MacGowan, falecido pouco após aparecer no filme como o diretor de cinema Burke Dennings, um dos personagens mortos por Regan, possuída pelo demônio Pazuzu. Na vida real, MacGowan morreu de complicações de uma gripe em janeiro de 1973.
Holocausto Canibal
Embora não tenha uma história assustadora de sentido sobrenatural, a produção de “Holocausto Canibal”, lançado em 1980, não foi muito tranquila.
O longa dirigido por Ruggero Deodato conta a história de uma equipe americana que desaparece na floresta amazônica durante as filmagens de um documentário sobre tribos indígenas canibais.
Para isso, foi utilizado o formato de found footage, ou filmagens encontradas, em tradução direta, que mais tarde se popularizou em filmes como “A Bruxa de Blair” e “Atividade Paranormal”. Embora não tenha sido o primeiro a utilizá-lo, “Holocausto Canibal” fez sucesso pela forma como inseriu o formato para acentuar a violência gráfica presente na história.
Em entrevistas posteriores, o elenco do filme revelou que se sentiu desconfortável com o conteúdo gráfico, em particular com o abate real de animais.
Dentre os animais mortos de verdade estão: um porco atingido na cabeça com um tiro de espingarda; uma tartaruga que aparece sendo decapitada e eviscerada; e um macaco-esquilo decapitado com um facão.
Além desses casos, o elenco discutia com o diretor Ruggero Deodato, a quem o ator principal Robert Kerman descreveu como “sádico com pessoas que não podiam revidar”. A antipatia dos dois foi registrada em entrevistas e documentários lançados sobre a produção conturbada do longa.
Com filmagens feitas na selva colombiana, Ruggero também foi acusado de gritar com a atriz Francesca Ciardi para ela concordar em filmar uma cena de sexo na qual não queria mostrar os seios. A cena acabou sendo filmada da forma como o diretor exigiu.
Além disso, o diretor também não pagou adequadamente os figurantes indígenas que participaram de cenas perigosas, incluindo uma na qual precisavam ficar em uma cabana em chamas por um longo período de tempo.
A Profecia
Contando a história de uma criança tida como anticristo, o filme “A Profecia” de 1976 está gravado no imaginário popular por conta de uma suposta maldição nas suas filmagens. Logo antes de ser aprovado, o produtor Harvey Bernhard avisou que achava que o diabo não queria que o filme fosse realizado.
Os casos estranhos começaram com aviões. O ator Gregory Peck estava em um voo atingido por um raio. Algumas semanas depois, o produtor executivo Marc Neufeld também passou pela mesma experiência.
Além disso, uma pequena aeronave contratada para algumas cenas aéreas foi desviada para outra produção no último minuto. Assim que decolou, caiu e matou todos a bordo.
Neufeld também sofreu com outra situação após se hospedar no London Hilton, hotel bombardeado pelo Exército Republicano Irlandês, em um ataque com duas mortes e 63 feridos.
Outra situação esquisita aconteceu durante a gravação no zoológico, quando um grupo de babuínos se tornou violento na presença de Damien, o pequeno anticristo.
Para as filmagens, um treinador de animais lidava com os bichos no set de filmagens. No dia seguinte ao trabalho, ele foi brutalmente assassinado por um tigre.
Mesmo após o lançamento, a suposta maldição de “A Profecia” persistiu. Em agosto de 1976, John Richardson, que trabalhava na equipe de efeitos especiais do filme, sofreu um acidente de carro no qual sua namorada Liz Moore foi decapitada.
A coincidência é que Richardson liderou a equipe de efeitos de uma cena de decapitação para o filme. Apesar do trauma, ele sobreviveu ao acidente.