Ciro Gomes assume oficialmente a presidência do PSDB Ceará
O prefeito Ozires Pontes passou a presidência estadual da sigla ao ex-governador. Enquanto Ciro comanda o partido no estado, Sarto deverá assumir como presidente do PSDB Fortaleza
Um mês após a filiação ao PSDB, o ex-ministro Ciro Gomes assumiu a presidência estadual do partido. Em publicação nas redes sociais, o prefeito de Massapê, Ozires Pontes (PSDB), anunciou que passou oficialmente o comando da sigla no Estado ao ex-pedetista nesta sexta-feira, 21.
Na publicação, Ozires elogiou a trajetória de Ciro e relembrou a época em que, aos 9 anos de idade, fez parte do elenco da propaganda eleitoral do ex-governador.
“Eu, que quando criança, aos 9 anos de idade, fiz parte do elenco da propaganda eleitoral da campanha dele para governador, hoje estou aqui, passando a presidência do PSDB para ele. Um homem da mente brilhante, um dos maiores cearenses, um líder preocupado com o Ceará e com a nossa gente”, escreveu.
Leia mais
-
Na sede do PSDB Ceará, Ciro se reúne com Sarto e Roberto Cláudio
-
Ciro diz que criticava Wagner por "solidariedade cega" a Cid; Capitão diz que retirou processos
-
"Não reconheceu o que o PDT fez por ele", diz presidente do partido em Fortaleza sobre Ciro
-
Recém-filiados, Ciro e Sarto assumem presidências do PSDB no Ceará e em Fortaleza, respectivamente
O anúncio de que Ciro seria presidente do PSDB Ceará foi dado ainda no evento de filiação do ex-governador, no dia 22 de outubro. Na ocasião, também foi divulgado que o ex-prefeito José Sarto, também recém-filiado à sigla tucana, comandaria o partido em Fortaleza.
No Partido Democrático Trabalhista (PDT) desde 2015, Ciro pediu desfiliação em outubro e, no mesmo mês, retornou ao PSDB após quase 30 anos.
No evento de filiação, Ozires Pontes considerou a chegada de Ciro como um marco muito importante para o partido e afirmou, na época, que o seu “telefone não parava”. O ex-dirigente partidário declarou que o PSDB estava “quase acabando”, mas que a chegada de Ciro representava um renascimento para a legenda.
O ato reuniu nomes de diferentes espectros políticos. Além das presenças de lideranças do partido, como ex-senador Tasso Jereissati, estiveram presentes no evento o presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner, o ex-prefeito Roberto Cláudio (União), o deputado federal André Fernandes (PL), o deputado estadual Alcides Fernandes (PL) e o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos).
Oposição
Desde o segundo turno das eleições municipais de 2024, Ciro se aproximou de nomes da oposição no Estado. No ato de filiação, o ex-ministro chegou a admitir os conflitos que teve com André Fernandes e Capitão Wagner anteriormente e reconheceu que estava errado.
Ciro também lembrou que as diferenças de pensamento são grandes, principalmente em relação à política nacional, mas falou em consenso para “resolver o problema” no Ceará. O ex-ministro ainda criticou, indiretamente, o senador Cid Gomes (PSB), justificando os confrontos que tinha com Wagner à “solidariedade cega” ao irmão.
Enquanto Cid integra a base aliada ao governador Elmano de Freitas (PT), Ciro se une à oposição, inclusive com a possibilidade de concorrer ao Governo do Estado em 2026, apesar de não ter confirmado a sua candidatura.
“Eu já disse que pelo Brasil eu morro, mas pelo Ceará eu mato [...] Estou começando a estudar os problemas, mas vocês não vão pensar que isso já é candidatura, não”, afirmou em discurso no ato de filiação.