"24 horas pra irem embora": moradores de condomínio são ameaçados em Fortaleza

"24 horas pra irem embora": moradores de condomínio são ameaçados em Fortaleza

Placas e modelos dos carros usados pelas vítimas da intimidação foram inscritos em pichações no muro do imóvel. Polícia Civil investiga o caso
Atualizado às Autor Lucas Barbosa Tipo Notícia

Moradores de um condomínio residencial localizado no bairro José de Alencar, em Fortaleza, foram ameaçados por criminosos através de pichações feitas nos muros da propriedade.

Nas inscrições, é estipulado um prazo de 24 horas para que eles se mudem do local, conforme consta em imagens recebidas por O POVO nesta quarta-feira, 1º.

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“Se desacreditar, vamos pega você na saída” (Sic), ameaçaram os criminosos, que também picharam nos muros os modelos e placas dos carros dos alvos da intimidação. “Todas informações de vocês cabueta e bala na cara” (Sic) e "Vai morrer", também foram pichados.

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Os demais moradores do condomínio poderiam permanecer, afirmaram os criminosos, desde que seguisse as ordens impostas. Até a publicação desta matéria, nenhum suspeito do crime havia sido preso.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a Polícia Civil do Ceará (PC-CE) investiga o caso. “A PCCE reforça a importância de comunicar a denúncia por meio de um Boletim de Ocorrência (BO) em qualquer delegacia ou via Disque-Denúncia 181”, afirmou a SSPDS.

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“O registro auxilia as diligências. A delegacia do 14º Distrito Policial (14º DP) é a unidade responsável por investigar crimes na região”.

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Expulsões de moradores por facções no Ceará

Casos recentes de expulsão de moradores por faccionados foram noticiados por O POVO nos bairros Mondubim, em Fortaleza, e Conjunto Jereissati III, em Pacatuba (Região Metropolitana de Fortaleza).

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Na quinta-feira, 25, O POVO+ publicou uma reportagem abordando o cenário das expulsões praticadas por facções nos últimos 10 anos. Na ocasião, a SSPDS afirmou que todos os casos de ameaça a moradores que chegam ao conhecimento das Forças de Segurança são devidamente investigados e que ainda há um protocolo que, entre outros, determina o acionamento imediato da PM para os locais das denúncias.

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O POVO também mostrou como funciona o trabalho do Programa de Proteção Provisória do Ceará (PPPro), que atende pessoas ameaçadas por grupos criminosos, incluindo aquelas que tem determinada a saída de suas moradias.

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A reportagem, porém, também ouviu o sociólogo Thiago Holanda, que afirma que há lacunas nas políticas públicas existentes para o devido amparo às vítimas expulsas de casa. Ele apontou a ausência de uma legislação específica para lidar com os casos, assim como não há ajuda financeira para quem é obrigado a deixar as próprias casas.

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