Praia do Futuro: limpeza após demolições de barracas irregulares percorre 8 km

Praia do Futuro: limpeza após demolições de barracas irregulares percorre 8 km

Operação Praia Livre, ainda na primeira fase, seguiu dos trechos do Caça e Pesca ao Serviluz. O trabalhou gerou retirada de três avanços irregulares e dez estruturas fixas

As demolições de estruturas de barracas irregulares e reincidentes na Praia do Futuro ganharam novo capítulo na manhã desta quarta-feira, 23, em Fortaleza. Durante a ação foram removidas 10 estruturas irregulares fixadas em faixa de praia. Logo após, ocorreu a limpeza para remoção do entulho na extensão  da faixa de areia, compreendendo cerca de oito quilômetros (km), do Caça e Pesca ao Serviluz..

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A ação faz parte da operação Praia Livre, sob responsabilidade da Superintendência do Patrimônio da União no Ceará (SPU-CE), que segue em fase inicial. 

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O POVO acompanhou o funcionamento da única retroescavadeira recolhendo as sobras das remoções no Boteco do Gutinho, que foi seguido da antiga barraca Caranguejo Sá. Ao todo, o fluxo seguiu das 8 às 12 horas pela Capital.

Segundo a SPU, a equipe de fiscalização destinou-se a deixar o espaço livre para banhistas e passagem de veículos de salvamento dos restos de estruturas reincidentes já removidas. Além das 10 estruturas, foram retirados ainda três avanços irregulares, totalizando 13 ocorrências.

O foco deu-se em áreas que contam com mais construções. Sobre o prazo para término final, a Superintendência resumiu que o serviço é permanente enquanto existirem estruturas irregulares.

As outras fases compreenderão os corredores de acesso à praia, permanecendo somente as estruturas que estão amparadas na ação civil pública (ACP), com obediência à determinação judicial.

"As retiradas de avanço são antecedidas de notificação, e os que ali se fixam sabem que estão irregulares, pois faixa de praia é área de uso comum, não podendo ter estruturas fixas pernoitando, podem utilizar a área, mas não se fixarem permanentemente", reforça Fábio Galvão, superintendente da SPU.

Além disso, a SPU realiza esse trabalho em todo o litoral do Estado por 573 km. Fábio indica que ocorreram casos em Camocim e Jijoca de Jericoacoara, dentre outras zonas costeiras.

"É fundamental que a limpeza seja feita e seja entregue ao equipamento, ao bem público, nas condições mais próximas ao natural, que é a areia branca”, define.

Fórum tramita em Brasília 

O superintendente relembra que o fórum sobre as tratativas perante às demolições da Praia do Futuro está em análise, em Brasília. A torcida da pasta é de que um acordo seja feito, com legalidade, assim como o sucedido na Beira Mar de Fortaleza.

É o mesmo desejo do vendedor ambulante sem ponto fixo Francisco Ramiro, 22. "Já que organizou lá, passa para cá, organiza os vendedores ambulantes, cada um com seu local", sugere. O trabalhador relata que foi orientado a não ocupar de forma irrestrita às areias para não interferir no ofício. 

Em comum, Fátima Queiroz, presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), viajará para Brasília, no dia 5 de agosto, para reunião com o Advogado-Geral da União Jorge Messias sobre o fórum e afirma que tece contato constante com a equipe de demolição. 

"A Associação não tem nada a se opor. O que a gente teve que discutir e defender já ficou atrás lá no fórum", assegura.

Praticantes de corrida de rua ouvidos pelo O POVO, com identificações preservadas, assumem que desconheciam a operação Praia Livre. A mulher mostrou curiosidade mesmo fazendo atividade física diariamente pelas redondezas. Para ela, o acesso ao mar seria melhorado. 

"Se não está dentro da legalidade, é algo que não é bem visto", opina. 

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