Caso Kaianne: laudo de remédio fornecido por marido a familiares é concluído

Laudo constatou que substância oferecida por Leonardo não era veneno. O vidro tinha Buscopan. Já a morte de Kaianne foi causada por asfixia causada por esganadura.

O remédio fornecido por Leonardo Nascimento Chaves à família de Kaianne Bezerra foi enviado à Perícia Forense do Estado do Ceará. A família desconfiava que Leonardo pudesse ter tentado envenenar a sogra, no entanto, o laudo apontou que a substância era a mesma informada por Leonardo.

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O vidro de Buscopan continha a substância informada no rótulo. Já a morte de Kaianne foi causada por asfixia causada por esganadura. 

Kaianne foi morta no dia 26 de agosto, na própria casa, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza e Leonardo, companheiro dela, foi preso suspeito de ser o mandante do crime. Outras duas pessoas foram detidas suspeitas de participação direta nas execuções. Três dias depois da morte de Kaianne, Adriano Andrade Ribeiro foi preso e um adolescente de 16 anos foi apreendido. Já Leonardo foi preso no dia 5 de setembro.

O caso de Kaiane segue sob investigação. A princípio a morte da contadora era investigada como latrocínio, roubo seguido de morte. A Polícia Civil trabalhava com o indicativo de que os dois homens que invadiram a casa pretendiam roubá-la e a escolheram de forma aleatória. 

Conforme fonte da Polícia Civil, durante os trabalhos investigativos, Leonardo foi ouvido e relatou à Polícia que antes do momento do crime, foi ao shopping e, em seguida, quando voltou para casa, resolveu molhar as plantas do lado de fora. Foi neste momento que os criminosos invadiram o local. 

Ao analisar as imagens do estacionamento do shopping, em Aquiraz, a Polícia verificou que Leonardo teve um encontro com Adriano e o adolescente horas antes da morte da esposa. Ao confrontar essas informações com o adolescente, o jovem mudou o depoimento e apontou Leonardo como mandante do crime. Ele teria sido levado por Adriano para matar Kaianne. 

O adolescente teria recebido R$ 50 reais e Leonardo um valor de mais de R$ 1.000. Leonardo, que é professor de inglês e comerciante, teria prometido pagar o restante do dinheiro depois da morte da esposa, pois ela possuía um seguro de vida.

Esse seguro havia sido contratado um mês antes da morte. O depoimento do adolescente apontava que Leonardo possuía ainda uma dívida com um criminoso e que também usaria parte do valor para pagar esse homem. Os criminosos estavam desarmados e as câmeras da residência desligadas, apontou a investigação. 

A família de Kaianne foi surpreendida com a situação da prisão. Nas entrevistas obtidas pelo O POVO, os familiares relatam um relacionamento sólido, de 12 anos, em que ambos declaravam amor um ao outro. O casal estava com viagem marcada para a Europa.

A casa onde os dois moravam era mobiliada, com piscina e ambos aparentavam não ter problemas financeiros. Possuíam carro e Kaianne trabalhava como contadora. 

Após a morte, Leonardo relatou aos familiares sobe um combinado entre o casal, de um jogar as cinzas do outro após a morte. E que essas cinzas seriam espalhadas pelo mundo. 

A Polícia prendeu Leonardo com passagens compradas para Portugal. Ele viajaria na semana em que foi preso e no dia em que foi detido havia acabado de sair da casa dos familiares da vítima. A defesa do professor de inglês nega as acusações e diz que Leonardo não pretendia fugir. 


 

 


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Segurança Pública Ceará caso Kaianne contadora morta Aquiraz feminicídio

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