PT faz pressão por MEC, Izolda perde força e Camilo Santana deve ficar com vaga

Izolda conta com o apoio de organizações privadas, mas como não faz parte do PT e não tem experiência parlamentar, não tem aliados de peso dentro da cúpula da legenda

O ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) deverá ser anunciado nos próximos dias para comandar o Ministério da Educação. Inicialmente o nome mais cotado para a pasta era o da atual governadora cearense Izolda Cela (sem partido), que era vice do petista até ele se desincompatibilizar, mas o PT pressionou para que o ministério fosse comandado por um nome da legenda. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o ex-governador para comandar o MEC na última segunda-feira, 12, em uma reunião em Brasília.

Inicialmente, Camilo Santana demonstrou preferência para ser ministro das Cidades ou do Desenvolvimento Regional, mas as pastas são alvos de intensa disputa de partidos como MDB, PSD, PSB, União Brasil, além do deputado eleito Guilherme Boulos (Psol-SP).

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Ex-filiada ao PDT, Izolda saiu do partido após brigas com o grupo do ex-presidenciável pedetista Ciro Gomes. Inicialmente tinha o apoio da bancada petista do Ceará, mas diante da falta de perspectiva de assumir o Ministério das Cidades, o partido no Estado passou a deixar de apoiar o nome dela.

O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), também pressionava para comandar a pasta e chegou a mobilizar aliados dentro da legenda para tentar fazer com que seu nome fosse lembrado para o cargo. Apesar disso, um dirigente da Executiva Nacional do PT afirmou que ele não tinha chances reais de assumir o posto. Por ser ex-governador, Camilo Santana é considerado um nome com mais experiência para o cargo.

Santana era aliado de Ciro Gomes, mas rompeu com o pedetista na eleição deste ano e ficou ao lado de Lula. Ele foi o principal articulador da candidatura vitoriosa do petista Elmano de Freitas a governador do Ceará, Estado onde o presidente eleito teve larga vantagem de voto. Já Izolda conta com o apoio de organizações privadas ligadas à educação, como a Fundação Lehmann e o Todos Pela Educação, mas como não faz parte do PT e não tem experiência parlamentar, não tem aliados de peso dentro da cúpula da legenda.

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GOVERNO/TRANSIÇÃO/MEC/CAMILO SANTANA

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