Esgotamento sanitário: governadora assina primeira ordem de serviço do mandato

Izolda Cela assinou a autorização para a implementação de 57 quilômetros de esgotamento sanitário no Conjunto Palmeiras, Planalto Palmeiras e em parte do Jangurussu

Com uma trégua nas chuvas matutinas em Fortaleza, o Conjunto Palmeiras recebeu a assinatura da governadora Izolda Cela (PDT) para a universalização do esgotamento sanitário no bairro. Junto com o Planalto Palmeiras e parte do Jangurussu, a população está desde 2012 lutando por saneamento básico na comunidade.

Com a obra autorizada, na primeira ordem de serviço assinada por Izolda, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) iniciará a abertura das ruas para instalar 57 quilômetros (km) de tubulações de rede coletora entre os três bairros contemplados. Ainda serão construídas quatro estações elevatórias e uma estação de tratamento.

De acordo com o presidente da Cagece, Neuri Freitas, o problema é que parte das casas do Conjunto Palmeiras têm esgoto condominial ― quando as tubulações passam por debaixo das casas dos moradores ―, um sistema menos adequado para a região. A obra de R$ 91 milhões deve garantir o direito a 65 mil fortalezenses e deve ser entregue em 21 meses, ou seja, no começo de 2024.

Ainda segundo a Cagece, os dados mais recentes da empresa indicam que o esgotamento sanitário do Conjunto Palmeiras deve ampliar para 69% o saneamento básico de Fortaleza. No momento, a cobertura é de 67%.

Vale ressaltar que, conforme dados de junho de 2021 da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), a extensão da coleta de esgoto em Fortaleza seria de 49,9%. A assessoria da Cagece afirma, no entanto, que os cálculos da Abes consideram dados com dois anos de atraso.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 09.04.2022: Governadora Izolda Cela assina ordem de serviço de esgotamento sanitário no conjunto Palmeiras. (Foto:Thais Mesquita/OPOVO)
Foto: Thais Mesquita
FORTALEZA, CE, BRASIL, 09.04.2022: Governadora Izolda Cela assina ordem de serviço de esgotamento sanitário no conjunto Palmeiras. (Foto:Thais Mesquita/OPOVO)

Brigada Popular demanda mais atenção ao Conjunto Palmeiras II

Durante o evento de assinatura da ordem de serviço, integrantes da Brigada Popular estiveram presentes com cartazes e bandeiras. O coordenador e secretário político das Brigadas Populares, Paul Almeida, explica que desde 2018 o movimento vem se mobilizando.

“Não tem saneamento básico no Conjunto Palmeiras II. Fica muito próximo do Rio Cocó e é uma região muito esquecida porque é uma parte do rio que é mata a céu aberto, escuridão”, comenta.

No Conjunto Palmeiras II, a população tem sofrido com enchentes constantes. Em fevereiro de 2019, foi a cheia da barragem do Rio Cocó que causou a inundação de casas. Já neste ano, todas as moradias foram novamente alagadas em decorrência das chuvas.

“Onde a gente mora não tem calçamento, não tem saneamento, não tem drenagem. Quando chove, além da gente ficar pisando na lama, a gente ainda tem os riscos das enchentes”, reclama Drika Castro, secretária política das Brigadas Populares.

O grupo de moradores afirma que o esgotamento sanitário assinado hoje e a conclusão de outras obras, como a Pré-Urbes do Cocó, não chegaram à comunidade. Além disso, a Brigada Popular aproveitou a presença do prefeito José Sarto (PDT) para exigir dele a assinatura do RDC 031/20, um projeto para a drenagem das calçadas do Conjunto Palmeiras.

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