Assessoria de Marília Mendonça explica por que disse que a cantora havia sobrevivido

A empresa responsável pela assessoria da cantora sertaneja defendeu que buscou fontes confiáveis, que informaram que a artista estava bem

A assessoria da cantora Marília Mendonça, morta em acidente aéreo na última sexta-feira, 5, divulgou nota explicando o desencontro das informações sobre o óbito da cantora. Em um primeiro momento, a assessoria disse que a cantora estava bem, mas momentos depois sua morte foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

A empresa Textos + Ideias, responsável pela assessoria da cantora, disse que buscou fontes confiáveis ao saber do acidente com a artista. A resposta foi que estaria tudo bem e que todas as pessoas estavam sendo conduzidas ao hospital, para realizar procedimento padrão.

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Depois de 20 minutos, no entanto, as mesmas fontes confirmaram a morte e a notícia foi repassada primeiramente aos familiares das vítimas. “Em nenhum momento o equívoco foi intencional, sempre prezamos pela ética profissional e moral”, garantiu a empresa.

Na nota, a assessoria ainda disse que o avião era propriedade da dupla Henrique e Juliano até o ano passado e foi vendido à empresa PEC Táxi Aéreo Ltda, que transportava Marília. De acordo com registros oficiais, o bimotor estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até 1º de julho de 2022.

A empresa, porém, já havia sido denunciada por desrespeito à jornada de trabalho dos pilotos. Além disso, em julho, a procuradoria da República em Goiás também tinha pedido para que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se manifestasse acerca dos supostos abusos trabalhistas e utilização de equipamentos irregulares por parte da PEC Táxi Aéreo.

As investigações estão sendo feitas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB). Nos trabalhos iniciais, os peritos realizam fotografia de cenas, recolhimento de partes do avião envolvido no acidente, coleta de relatos de testemunhas e análise de documentos.

Marília Mendonça, conforme divulgado em nota, sempre se preocupou com a segurança de sua equipe durante os voos e não agendava compromissos seguidos no mesmo dia. A única exceção, no entanto, aconteceu em 2016, quando a cantora foi à premiação dos “Melhores do Ano” do Domingão do Faustão após um show na cidade de Itaberaí, em Goiás.

Acidente

Marília Mendonça morreu em acidente aéreo próximo à cidade de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, na última sexta-feira, 5. O avião em que estava, de pequeno porte, decolou de Goiânia e tinha como destino a cidade de Caratinga, onde faria uma apresentação na noite do mesmo dia. Além de Marília, outras quatro pessoas morreram: o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, além do piloto e copiloto da aeronave.

Ainda não se sabe o motivo da queda do avião da artista goiana e as causas serão estudadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) disse que a aeronave em que a cantora estava atingiu uma linha de distribuição antes da queda. A estatal esclareceu que o equipamento seguia normas técnicas e estava fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga.

As cinco vítimas já estavam mortas quando socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram ao local em que o avião caiu. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na noite desta última sexta-feira, 5, pela Polícia de Minas Gerais. De acordo com o delegado regional Ivan Lopes Sales, quando os socorristas chegaram ao local, foi inicialmente constatado o óbito dos três passageiros. “Quando a equipe chegou, certamente já estavam mortos”, afirmou. Depois, piloto e copiloto também foram declarados sem vida”, explicou.

Homenagens

Milhares de fãs compareceram ao ginásio Goiânia Arena durante a tarde desse sábado, 6, para se despedir da cantora pela última vez. Seu corpo ficou no local durante cerca de quatro horas e atraiu vários famosos, como as duplas sertanejas Henrique e Juliano e Maiara e Maraísa, além da cantora Luísa Sonza. O corpo foi conduzido para o sepultamento, realizado em cerimônia fechada para a família, por meio de um cortejo em caminhão aberto do Corpo de Bombeiros.

Durante o velório, foi divulgada a notícia de que foi encontrado um caderno no local do acidente com composições inéditas de Marília. O advogado da cantora, Luiz Maurício, disse ao jornal O Tempo que é muito cedo para avaliar a possibilidade de as letras serem gravadas por outros artistas. O violão de Marília também foi encontrado dentro da capa.

As homenagens para a cantora se espalharam em vários setores da sociedade. No esporte, o jogador Neymar dedicou seu 400º gol para a cantora, durante partida do Campeonato Francês. "Serei seu eterno fã, Rainha da Sofrência. Descanse em paz", escreveu em camisa branca debaixo do uniforme. Além do meio artístico, vários políticos prestaram homenagens à cantora, como o governador Camilo Santana (PT), o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Atualizada às 19h45min

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