Aulas da rede estadual serão suspensas por causa de coronavírus; debate é sobre quando vai ocorrer

Três casos de coronavírus no Ceará foram confirmados no fim da noite desse domingo, 16

13:06 | Mar. 16, 2020

Autor Ítalo Cosme

Ítalo Cosme Repórter

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Tipo Notícia

FORTALEZA, CE, BRASIL, 16.03.2020: Pedestres se protegem com máscaras na ruas da capital cearence (Fotos: Sandro Valentim/O POVO)(foto: Sandro Valentim)

Atualizada às 15 horas e 14 minutos

Com a confirmação dos três primeiros casos do novo coronavírus no Ceará, a Secretaria da Educação do Estado estuda a suspensão das aulas. Conforme fontes ouvidas pelo O POVO, é inevitável essa paralisação. No entanto, o debate neste momento é sobre quando a medida será adotada. Planejamento para o que fazer durante a suspensão está sendo feito mesmo sem a medida anunciada.

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Instituto Federal do Ceará (IFCE) já suspenderam as aulas. Departamentos da Universidade Federal do Ceará (UFC) também dispensaram estudantes. Nesta segunda-feira, 16, ocorre a primeira reunião do Comitê instalado para gerir a crise da saúde pública.

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A Secretaria Municipal da Educação afirma que aguarda diretrizes da reunião de hoje à tarde no Palácio da Abolição. Não há no órgão planejamento para o que fazer durante a paralisação.

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE) aguarda orientação da Seduc. Apesar de independência para tomada de decisões, a entidade afirma que deve seguir o mesmo rumo que a Pasta da educação no Estado.

Ainda não há recomendação no Ministério Público Federal para a suspensão das aulas, mas a possibilidade é examinada. Na sexta-feira, o órgão recomendou que o Estado e a Prefeitura apresentassem o cancelamento, suspensão ou adiamento de eventos públicos em até cinco dias. Um Inquérito Civil instaurado no MPF acompanha a situação pandêmica. A depender do cenário epidemiológico, novas medidas são adotadas.

“Não vamos criar uma expectativa que não pode se concretizar. Em cima da hora, a depender o que acontecer, o procurador pode mudar de ideia. Tudo vai depender do desenrolar da reunião”, afirma o órgão.

Veja a situação das redes estaduais de ensino no País

Acre: mantidas

Alagoas: mantidas - 1 caso

Amazonas: mantidas

Amapá: mantidas - 0 caso

Bahia: mantidas - 9 casos

Ceará: mantidas - 3 casos confirmados

Distrito Federal: suspensas - (de 16 a 30/3, antecipação de recesso, 14 casos confirmados, nenhum por transmissão comunitária)

Espírito Santo: mantidas - 4 casos confirmados

Goiás suspensas (antecipação de férias a partir do dia 18)

Maranhão: mantidas

Minas Gerais: suspensas entre 18 e 23 - 04 casos confirmados

Mato Grosso do Sul - mantidas - 02 casos

Mato Grosso: mantidas

Pará: mantidas

Paraíba: mantidas

Pernambuco: suspensas a partir do dia 18 (só o município do Recife - demais da RMR e interior seguem normais) 08 casos confirmados

Piauí- suspensas por 15 dias

Paraná: mantidas

Rio de Janeiro: paralisadas - 24 casos

Rio Grande do Norte mantidas - 1 caso

Roraíma: mantidas - 4 casos suspeitos

Rio Grande do Sul: aulas suspensas a partir de quinta-feira

Santa Catarina: mantidas - 6 casos confirmados

Sergipe: mantidas - 01 caso

São Paulo: suspensão gradativa de 16/3 a 20/3. Suspensão total a partir do dia 23/3

Tocantins suspensas (16 a 20/03) - 03 casos suspeitos

O Covid-19 é causado pelo coronavírus Sars-Cov-2.

Por que se chama coronavírus?

O nome "corona" se deve à coroa de espinhos que o envolve. Esses espinhos estão envolvidos por uma camada de gordura - retirada das próprias células humanas. Ele entra nessa capa de gordura para invadir outras células. Sem esta fina capa de gordura, o coronavírus morre.

Como é a transmissão do coronavírus?

Os coronavírus são transmitidos por ar e por mucosas. O vírus sobrevive bastante tempo em gotículas de espirro e tosse. Para evitar contaminação por meio das gotículas, recomenda-se ficar a pelo menos um metro e meio de pessoas com tosse ou espirrando.

O vírus também está em gotículas aerossóis. Elas são tão minúsculas e finas que ficam suspensas no ar, e contaminam principalmente pessoas que estão em ambientes fechados com ar condicionado.

Veja as recomendações da OMS para prevenir o novo coronavírus:

Lave as mãos frequentemente

Lave as mãos regularmente com álcool em gel ou com água e sabão. O álcool e o sabão matam vírus que podem estar nas mãos.

Mantenha distância social

Mantenha ao menos um a dois metros de distância entre você e pessoas que estejam tossindo ou espirrando. O vírus do Covid-19 é transmitido por gotículas que estão nos corrimentos nasais e saliva. A distância entre pessoas com sintomas de gripe evita que as gotículas cheguem a você.

Evite ficar tocando os olhos, nariz e boca

As mãos tocam todos os tipos de superfície e podem pegar vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz e boca. De lá, o vírus pode entrar no organismo e adoecer você.

Cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar

Quando estiver rodeado de pessoas, cubra a boca com a dobra do cotovelo ao espirrar ou tossir. Também é possível usar lenços, que devem ser descartados prontamente depois do uso - dobre-os com a parte usada para dentro, a fim de evitar que o vírus se espalhe.

Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, ligue para o posto de saúde

Se você está se sentindo mal, fique em casa. Caso tenha sintomas como febre, tosse e dificuldade em respirar, ligue para o posto de saúde mais próximo. A partir da ligação, os agentes de saúde indicarão o que você deve fazer: se deve ficar em casa, se encaminharão um profissional, ou se você pode ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Quais os sintomas do novo coronavírus?

Os sinais do novo coronavírus se assemelham ao de uma gripe comum:

- Febre

- Tosse seca

- Cansaço

- Dificuldade para respirar em alguns casos

- Pode haver dores no corpo

- Congestão nasal

- Coriza

- Dor de garganta

- Há casos de diarreia

- Pode haver infecção do trato respiratório inferior, como nas pneumonias.

Há pessoas que não desenvolvem nenhum sintoma.

Período médio de incubação: cinco dias, com intervalos que chegam a 12 dias - período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.