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Afinal, qual a taxa de mortalidade do coronavírus?

Número varia de acordo com uma série de fatores; saiba quais grupos estão mais em risco
21:05 | Mar. 12, 2020
Autor Bemfica de Oliva
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Bemfica de Oliva Repórter
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Tipo Notícia

O surto mundial de coronavírus já vitimou mais de 130 mil pessoas, levando quase 5 mil a óbito. Embora a taxa mundial de mortalidade esteja em aproximadmente 3,7%, esse número é apenas considerando os casos em geral, sem levar em conta especificidades como local de moradia ou faixa etária. Há vários fatores que podem ampliar ou reduzir o risco de morte pela doença: idade, sistema de saúde do país, doenças ou condições de saúde preexistentes.

Uma das variáveis mais fácil de ser percebida é a geográfica: países diversos, com com configurações sociais específicas, apresentam taxas diferentes. Na Itália, com cerca de 15 mil casos confirmados, foram mais de mil mortes, uma taxa de 6,7%. Na Coreia do Sul, por outro lado, há 7.869 pessoas infectadas mas apenas 86 morreram, 0,8% do total. Há situações também como a do Irã, cuja taxa de mortalidade de 4,2% não está muito acima da média mundial, mas que está em posição preocupante por ter dezenas de vezes mais casos que os países vizinhos.

O principal fator na diferença entre os países são as políticas de saúde pública adotadas: na Coreia do Sul, investiu-se em "achatar a curva", expressão usada para reduzir a taxa de infecção, com ações como altos índices de testagem e política de isolamento, evitando desde o início da epidemia no país a aglomeração de pessoas. No Irã, por sua vez, as autoridades religiosas incentivaram a população a peregrinar para locais considerados sagrados e com capacidade supostamente curativa, gerando grandes concentrações de fiéis nestes lugares e espalhando a infecção ainda mais rapidamente.

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A autoridade de saúde do governo chinês realizou um estudo com mais de 40 mil pessoas infectadas no país, chegando a outros fatores de risco. Para faixa etária, a taxa de mortalidade em pessoas com 60 a 69 anos está próxima da média mundial, enquanto idosos de 70 a 79 anos apresentam cerca de 8% de chances de óbito. Para pacientes com mais de 80 anos o índice sobe para quase 15%. Em termos de condições de saúde preexistentes, pacientes com doenças cardiovasculares apresentam taxa de mortalidade de mais de 10%; a proporção de falecimentos em diabéticos é de cerca de 7%; enquanto pessoas hipertensas ou com problemas respiratórios morrem em quase 6% dos casos.

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