Matos critica mudança no Fecop e "falta de coragem" de Elmano

Raimundo Gomes de Matos critica "desvirtualização" do Fecop e "falta de coragem" de Elmano

O ex-deputado federal participou do Café da Oposição com deputados da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece)
Atualizado às Autor Guilherme Gonsalves Tipo Notícia

O café da oposição, reunião semanal de deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), recebeu nesta terça-feira, 9, o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos para tratar da "desvirtualização" do Fundo de Combate à Pobreza (Fecop). O encontro foi no gabinete de Pedro Matos (Avante), filho do ex-parlamentar.

Raimundo foi secretário da Ação Social do governador Lúcio Alcântara quando o fundo foi criado com o foco em enviar recursos nos 20 municípios cearenses com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

"Todo o recurso era aplicado para aquela região. A Fecop tinha um prazo até 2010, mas o governo revitalizou o Fecop, mas não focou em regiões, ficou aberto para ser utilizado nos 184 municípios contra a extrema pobreza. Era um contingente muito grande de famílias e a fonte do recurso era o suficiente para se fazer o diferencial", afirmou o ex-secretário ao O POVO.

Hoje, o Fecop integra a Secretaria de Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag) e, de acordo com Matos, os valores não são repassados com focos objetivos e tendo destinação a áreas como assistência penitenciária e construção de escolas.

"O fato é que, pelos relatórios apresentados agora em 2025 pela Universidade Federal do Ceará (UFC), demonstra que não existe um foco em específico e não há um critério, uma metodologia de acompanhamento e avaliação efetivamente do recurso que tá sendo aplicado (...) Você pegar recurso da Fecop para gestão de penintenciária? É um absurdo. Eu considero uma irresponsabilidade, uma falta de senso que você precisa tirar cerca de 10% da população do Ceará que está sobrevivendo só de transferência de renda", declarou.

Futuro partidário

Questionado sobre pretensões políticas e diálogo com outros partidos de olho nas eleições de 2026, Raimundo afirmou que aguardará fevereiro e março para avaliar a possibilidade, mas que tem a preferência por apoiar o filho Pedro Matos.

"No momento, eu estou desfiliado. Quando chegar fevereiro ou março vou abrir um cenário de diálogo e composição para possível candidatura. A princípio eu acho que a gente precisa dar um apoio, renovar, surgindo a oportunidade de candidatura que o Pedro tenha a preferência. Já tive seis mandatos como deputado federal, já dei muito a minha contribuição", disse.

O ex-deputado federal foi candidato a vice-governador pelo PL em 2022 na chapa com Capitão Wagner (União Brasil) e em 2024 saiu do partido por apoiar o então prefeito José Sarto (PSDB), do qual era secretário, e não André Fernandes (PL) no primeiro turno em Fortaleza.

Elogio a Ciro e crítica a Elmano

Sobre as articulações políticas da oposição para o ano que vem, Gomes de Matos afirmou que Ciro Gomes (PSDB) é um nome de pulso que tem força eleitoral para fazer frente ao PT na candidatura ao Governo do Ceará.

"É necessário ter uma pessoa de pulso. Não é que o Roberto Cláudio e o Capitão Wagner não tenham pulso, mas é ter uma densidade de força eleitoral. Hoje eu vejo o Ciro Gomes como grande nome que possa fazer frente a essa situação que se encontra o Estado do Ceará", declarou.

O ex-deputado, que também foi prefeito de Maranguape, disse que o atual governador Elmano de Freitas (PT) não tem "coragem" para enfrentar situações, citando os índices daquele Município, o mais violento do Brasil.

"Eu tiro até por causa do desmando e a insensibilidade da falta de coragem do governador Elmano, com todo o respeito. Eu conheço pouco o governador Elmano, eu tiro pela minha cidade Maranguape. A cidade mais violenta do Brasil e qual a ação concreta que o governador tá fazendo? A responsabilidade é do governador", completou.

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