Ministros no julgamento de Bolsonaro: quem são e quem os indicou?

Veja quem são os ministros no julgamento de Bolsonaro e quem os indicou

Conheça os perfis e saiba quem indicou os 5 ministros da Primeira Turma do STF, responsáveis por definir o futuro político e jurídico de Jair Bolsonaro

Desde o dia 2 de setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) delibera no julgamento histórico que pode definir o futuro político de Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados do ex-presidente. Confira abaixo quem são os ministros e quem os indicou.

Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, e os demais réus respondem pela acusação de tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A denúncia, apresentada há quase dez meses pela Procuradoria Geral da República (PGR), sustenta que Jair Bolsonaro integrou o chamado “núcleo central” de uma organização que buscava impedir a posse do presidente eleito.

Após a fase de instrução processual, que reuniu testemunhos, documentos e perícias, cabe agora aos cinco ministros da Primeira Turma do STF analisar as provas e definir as responsabilidades.

A seguir, O POVO apresenta cada um dos ministros da Primeira Turma do STF e quem os indicou.

Alexandre de Moraes: quem é o ministro do STF e quem o indicou

Indicado por Michel Temer em 2017 para a vaga de Teori Zavascki, Alexandre de Moraes se tornou um dos ministros mais midiáticos da Corte.

Ex-promotor e ex-secretário de Segurança de São Paulo, Moraes chegou ao Supremo com perfil conservador em temas de costumes, mas consolidou-se como protagonista na defesa da democracia frente ao bolsonarismo.

Relator dos inquéritos das fake news, das milícias digitais e dos atos de 8 de janeiro, concentrou processos contra apoiadores de Bolsonaro.

Sua atuação firme o projetou internacionalmente, sendo descrito pelo Washington Post como “um juiz que nunca recua” com postura corajosa diante de adversários poderosos como Elon Musk.

Flávio Dino: quem é o ministro do STF e quem o indicou

Indicado por Lula em 2024, Flávio Dino assumiu a vaga deixada por Rosa Weber. Antes, foi juiz federal, deputado, governador do Maranhão, senador e ministro da Justiça.

Sua carreira política consolidou-o como figura combativa e popular, especialmente após os atos de 8 de janeiro.

No Supremo, Dino leva consigo a experiência de transitar pelos Três Poderes e a reputação de orador firme, frequentemente crítico a adversários bolsonaristas.

Luiz Fux: quem é o ministro do STF e quem o indicou

Nomeado por Dilma Rousseff em 2011, Luiz Fux construiu trajetória acadêmica e judicial de destaque. Foi promotor, desembargador e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de chegar ao Supremo, além de professor de Direito Processual.

Fux ganhou fama de ministro punitivista, com votos duros no Mensalão e na Lava Jato, incluindo a defesa da prisão em segunda instância.

Sua atuação firme no combate à corrupção marcou sua passagem como presidente do STF entre 2020 e 2022.

Cármen Lúcia: quem é a ministra do STF e quem a indicou

No Supremo desde 2006, indicada pelo presidente Lula, Cármen Lúcia é hoje a única mulher no plenário. Procuradora de carreira em Minas Gerais e professora de Direito Constitucional, construiu fama de magistrada rigorosa e discreta.

Sua atuação é marcada pela defesa da autoridade da lei penal e pela firmeza em julgamentos. Em 2017, chegou a presidir interinamente a República.

Analistas apontam que, mesmo sem protagonismo midiático, a ministra tende a aplicar a lei de forma contundente em casos de crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Cristiano Zanin: quem é o ministro do STF e quem o indicou

Cristiano Zanin, nomeado por Lula em 2023, preside a Primeira Turma e será o último a votar. Conhecido por defender o petista nos processos da Lava Jato, Zanin era especialista em Direito Empresarial e Processual antes de se projetar no cenário nacional.

No STF, busca construir imagem de independência. Já votou de forma conservadora em costumes, mas adota posição garantista em matérias penais. Analistas o veem como juiz contido, que evita exposição pública e preserva os ritos formais do processo.

*Matéria atualizada em 10/09/2025

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