Liderança do PDT na Assembleia vira alvo de disputa entre ex-aliados

Atual líder, deputado Guilherme Landim, compõe a ala trabalhista ligada ao senador Cid Gomes (PDT); do outro lado, deputados ligados a Ciro Gomes e Roberto Cláudio querem que liderança fique com grupo que hoje comanda o PDT cearense

A liderança do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) tornou-se um novo foco de disputas internas entre alas divergentes. O posto de líder, atualmente ocupado pelo deputado estadual Guilherme Landim (PDT), é reivindicado por um grupo ligado ao ex-ministro Ciro Gomes e ao ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), que na Alece conta com os deputados Antônio Henrique, Cláudio Pinho e Queiroz Filho.

Landim compõe a ala trabalhista ligada ao senador Cid Gomes (PDT), que está de saída da sigla para se filiar ao PSB, no domingo, 4. Na Alece, cidistas contabilizam dez deputados, enquanto outros três são mais próximos de Ciro e RC. Neste primeiro momento, deputados estaduais e federais ligados a Cid não devem sair da legenda para não correr o risco de perda de mandatos.

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No entanto, os parlamentares buscam na Justiça o direito de sair após concessão de cartas de anuência emitidas enquanto Cid estava na presidência do PDT-CE e que foram anuladas posteriormente pela nova comissão provisória liderada pelo ex-senador Flávio Torres.

“Nós não recebemos comunicado do presidente do partido. Nós defendemos que temos o mandato e a maioria, que nosso mandato não seja utilizado para trabalhar aqui dentro contra o que a maioria pensa. E foi isso que fizemos ao longo do último ano, mesmo fazendo parte da maioria sempre resguardamos o direito de manifestação, posicionamento e colocação de cada um dos três (deputados). Cada um faz parte de comissões que escolheram, tanto as maiores quanto as menores”, explicou Landim.

O parlamentar disse ainda que não vai tolerar imposições da minoria sem lutar pela posição. “Nós, como maioria, vamos continuar lutando, que nós também não sejamos tratorados por uma minoria. Isso está claro entre nós e esperamos que o partido respeite isso e que nós continuemos essa convivência que aqui dentro (da Alece) é muito melhor que lá no partido”, concluiu.

Ao O POVO, o deputado Cláudio Pinho disse que estará à disposição caso a missão lhe seja confiada, mas ressaltou que ainda não há discussão com os deputados sobre mudanças na liderança, embora tenha tratado como “natural” que isso aconteça dado o contexto interno no PDT.

“Ser líder ou não ser depende de conversas com a bancada. O que me colocar pra fazer eu farei e tenho certeza que todos estarão preparados para desempenhar as funções. Com os deputados não houve nenhuma reunião para tratar do assunto, mas é natural que quando (um grupo de deputados) anuncia a saída, isso ocorra. Como que vou ser líder de um partido que estou saindo? Se estão deixando o partido é natural que entreguem os cargos”, argumentou.

O deputado Antônio Henrique, também ligado ao ex-prefeito RC, reforçou que a liderança fique com os três deputados alinhados ao atual comando estadual do partido.

"Vamos conversar e chegar a um consenso. Primeiro que a liderança não está entre nós, está do outro lado que é um lado que eu acho que não deveria continuar porque não tem mais afinidade, não segue as orientações partidárias. Defendemos que (a liderança) fique com os três que seguem a cartilha do PDT desde o início e qualquer um dos três está aberto para aceitar (a posição)", defendeu.

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