Dino tem embates com senadores Moro, Flávio Bolsonaro e Eduardo Girão

Ministro da Justiça debateu e deu respostas afiadas contra senadores oposicionistas

Novamente em audiência pública no Congresso Nacional, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), travou embates nesta terça-feira, 9, com os senadores Sergio Moro (União Brasil), Flávio Bolsonaro (PL) e Eduardo Girão (Novo).

Moro reagiu à ironia do ministro com o senador Marcos do Val (Podemos), que se identifica como membro de honra e instrutor sênior da Swat. "Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores. O senhor conhece o Capitão América, o Homem Aranha?”, disse Dino. O ex-juiz Sergio Moro defendeu o colega e criticou a forma de responder com “deboche” do ministro e disse achar uma “agressividade” de Dino.

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“Eu fui juiz e nunca fiz conluio com o Ministério Público. Nunca tive sentença anulada. E, por ser um juiz honesto, um governador honesto, é que eu não admito que ninguém venha dizer que eu tenho que ser preso. Quem tem honra age assim. Essa é a contundência dos justos”, rebateu Flávio Dino.

Em seguida, o senador Flávio Bolsonaro exibiu vídeos no telão da comissão mostrando a morte de policiais e questionou os dados nos últimos cinco anos sobre assassinatos dos profissionais de segurança. Ele questionou a ida de Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em março. Bolsonaristas sugerem que Dino teria feito acordo com traficantes. 

O ministro devolveu lembrando que o atual governo Lula só está à frente do Poder Executivo há quatro meses, e os dados dos outros anos são referentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também ironizou com uma indireta a Flávio. "Até o senador Flavio Bolsonaro falou sobre 'narcomilícia'. E é um tema que ele conhece muito de perto, esse casamento entre milícia com narcotráfico".

O senador cearense Eduardo Girão criticou o que ele definiu como ar de deboche e arrogância de Dino. O ministro respondeu que “riso não é crime, riso é bom”. Ele também lembrou que foi o ministro que mais vezes esteve no Congresso.

“Não me peçam para ouvir calado, ser agredido, desrespeitado e nada desse tipo. Porque eu não posso renunciar o meu dever de responder”, afirmou.

Girão ainda repudiou a declaração de Flávio Dino sobre tomar medidas administrativas no Ministério da Justiça em caso do PL das Fake News não passar pelo Congresso. O ministro explicou que é o exercício de uma função atípica, mas dentro da constituição.

"Outros poderes exercem função normativa, não é novidade. Isso vem de Aristóteles, Montesquieu, Locke, segundo tratado do governo civil, são séculos de construção. E eu não entendo esta ofensa de eu dizer o óbvio”, declarou.

“Leia o artigo 84 e 87 da Constituição, que o senhor vai encontrar o assento e base para as minhas entrevistas e não vai ficar zangado, pois vai ver que a gente tá dando cumprimento a constituição”, completou.

 

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