Dino diz que CPMI do 8 de janeiro irá expor "gente que está escondida nas sombras"

Requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas deve ser lida em sessão na próxima quarta-feira, 26

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), usou as redes sociais para mandar recados a grupos bolsonaristas sobre as investigações dos ataques golpistas do 8 de janeiro. Dino disse que a investigação jogará “holofotes para gente que ainda está escondida nas sombras” e chamou de “insanos” aqueles que acusam o governo de supostamente ter responsabilidade sobre os ataques que a própria gestão sofreu.

“A continuidade das investigações e ações judiciais sobre o golpe de 8 de janeiro vai trazer holofotes para gente que ainda está escondida nas sombras. Além de golpistas, são covardes que não saem em defesa dos seus aliados presos. Os ‘valentes fakes’ planejaram, incitaram, conspiraram, financiaram, jogaram pedras e esconderam as mãos sujas. E ainda tem a petulância de apontar tais dedos sujos para as vítimas dos crimes”, disse o ministro.

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As declarações ocorrem às vésperas da leitura do requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, que deve ser lida em sessão na próxima quarta-feira, 26, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Já na manhã desta segunda-feira, 24, Dino reforçou que os ataques foram aos três poderes e ironizou os que defendem a teoria da conspiração de que o governo sabia do que ocorreria.

"Os terroristas atacaram as sedes dos três poderes, não só o Palácio do Planalto. Se tudo foi “armação do PT”, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF também participaram? Realmente esses golpistas são insanos”, pontuou em seu perfil no Twitter.

Proposta pelo deputado federal cearense André Fernandes (PL), a CPMI sofreu com resistência da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que entendia que a comissão seria utilizada pela oposição para fragilizar a imagem do governo. No entanto, após as imagens do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, ao lado de golpistas no dia dos ataques, parlamentares da base mudaram o tom do discurso e agora encaminham a participação no colegiado.

Na última terça-feira, 18, o presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco, adiou, em uma semana, a sessão conjunta entre deputados e senadores. O requerimento da CPMI seria lido na ocasião, porém parlamentares da base do governo convenceram Pacheco a adiar. O adiamento da sessão foi considerado pela oposição uma manobra do governo para ganhar tempo e convencer parlamentares a retirarem assinaturas do pedido.

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