Além de Seungri: conheça outras polêmicas do mundo do kpop

Nos últimos anos, foram repercutidas polêmicas envolvendo racismo, corrupção, violações trabalhistas, abuso sexual e outras problemáticas. O POVO listou outros casos em torno do gênero da Coreia do Sul

Erramos: uma versão anterior desta matéria incluía, entre a lista de polêmicas do kpop, uma declaração de Baekhyun, um dos integrantes do grupo Exo, sobre depressão. A fala do cantor foi tirada de contexto, de modo a acreditar-se que ele estaria afirmando percepções errôneas sobre o transtorno psicológico, quando, na verdade, ele havia adicionalmente explicado entender pouco do assunto. Na ocasião, Baekhyun falava com uma fã que o abordou para conversar sobre a depressão. O POVO se desculpa à comunidade de fãs do cantor e ao público que acompanha o kpop pelo ocorrido.

Atualiza e corrigida às 16h30min do dia 18/08/2021

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A pena por incitação à prostituição do cantor e empresário Seungri, divulgada na última quinta-feira, 12, não é a primeira polêmica da indústria do K-pop. Nos últimos anos, foram repercutidas situações envolvendo racismo, corrupção, violações trabalhistas, abuso sexual e outras problemáticas. O POVO preparou outras polêmicas em torno do gênero da Coreia do Sul.

Racismo

Jessi e Tuzyu

Em junho deste ano, o grupo feminino Twice participou do programa de entrevistas da cantora Jessi. Publicados no YouTube, os episódios são legendados em inglês pela equipe do programa. Uma parte da entrevista com o Twice se tornou assunto quando Tzuyu, integrante mais nova do grupo, afirmou querer uma pele “clara” como a da colega Dahyun, conhecida como “tofu” devido ao tom de pele branco.

“Em termos de cor de pele, eu não estou no lado mais brilhante”, disse Tzuyu. Jessi então teria questionado: “Ei, você já tentou esfregar bem forte?”. A frase “Que solução legal” apareceu na edição do episódio. Jessi teria acrescentado: “Eu esfreguei a minha pele outro dia e meu tom ficou como um leite”. Um segundo apresentador perguntou a Jessi se um tom mais escuro significaria sujeira e ela teria respondido: “Vamos deixar por isso mesmo”.

Após críticas direcionadas à apresentadora, os perfis oficiais do “Showerview” esclareceram, em nota, que a equipe de tradução, do coreano para inglês, do programa se enganou com o significado ambíguo da palavra “Ttaemiri”, dita por Jessi. “No futuro, a equipe Showterview aproveitará este momento para refletir e refinar nossa missão de fornecer entretenimento e alegria para nosso público”, escreveram. A equipe própria de Jessi confirmou o erro tradutório e se desculpou com os fãs da cantora e do Twice.

Suga

Integrante do grupo BTS, Suga foi acusado de racismo em junho de 2020, após o lançamento de seu álbum solo “D-2”. Na terceira faixa do disco, “What Do You Think?”, o cantor utilizou a gravação de um discurso de Jim Jones, líder da seita Tempo dos Povos. O grupo foi responsável pelo incitar o suicídio de mais de 900 pessoas na Guiana, em 1978; a maioria das vítimas era negra.

A inserção do áudio na faixa gerou repercussão negativa para Suga, culminando em um comunicado da empresa responsável pelo cantor, Big Hit Entertainment. No texto, a empresa afirmou que o áudio de Jones foi “selecionado por um produtor que trabalhou na faixa considerando o ambiente geral da música, sem intenção ou consciência específica da identidade do indivíduo cuja voz é apresentada”.

Durante a polêmica, internautas teorizaram que a fala de Jones teria sido usada, na verdade, para criticar as ações do líder da seita.

Taeyeon

No início de sua carreira musical, Taeyeon, do grupo Girls’ Generation, afirmou em um programa de rádio, enquanto ouvia uma música da cantora estadunidense Alicia Keys: “Para uma pessoa negra, ela é muito bonita”. Depois da repercussão da declaração de Taeyeon, sua gravadora afirmou em nota que ela deveria ter mais cuidado com as palavras, mas não apresentou má intenção no que disse durante o programa.

Estupro coletivo

Em 2016, Jung Joon-young e Choi-Jonghoon foram condenados a seis e cinco anos de prisão, respectivamente, pelo estupro coletivo de duas mulheres. O primeiro foi acusado, ainda, de distribuir uma “sex tape” sem o consentimento da parceira que apareceu no vídeo. O caso foi um dos pivôs de uma onda de protestos na Coreia do Sul similares ao #MeToo, dos Estados Unidos.

Chantagem

Duas integrantes do grupo Glam, Lee Ji-yeon e a K-idol Dahee, foram condenadas no início de 2015 por ameaçar o ator Lee Byung-hun. Por e-mail, as duas solicitavam dele US$ 4,2 milhões e ameaçavam divulgar um vídeo em que ele faz comentários inapropriados para elas sob efeito de álcool. Byung-hun recorreu à justiça em 2014. Dahee, condenada a um ano de prisão, afirmou que precisava do dinheiro para pagar uma dívida à Big Hit Entertainment. A prisão das duas resultou no fim do Glam.

Abuso de poder, coação e fraude

Publicitário conhecido por dirigir videoclipes do K-pop, Cha Eun-taek foi condenado em 2016 a três anos de prisão por abuso de poder, coação e fraude. Isso porque uma investigação revelou que ele mantinha contato com Park Geun-hye, então presidente da Coreia do Sul, para conseguir contratos com empresas privadas e agências governamentais. Condenada a 24 anos, Park se tornou a primeira presidente do país com sentença por corrupção.

Abuso trabalhista

Em outubro de 2020, uma estilista do grupo Red Velvet acusou a Irene, líder do grupo, de tê-la humilhado. No Instagram, a mulher publicou reclamações sobre uma artista que “a fez chorar”. Ela disse, ainda, ter sido alertada por colegas profissionais que “ela tinha que se preparar mentalmente antes de trabalhar com certa artista”. Internautas especularam que se tratavam de Irene.

“Foi pouco mais de 20 minutos que pareceram o inferno. Eu não conseguia entender as ações dela. Eu queria falar com ela de uma maneira decente, e receber um pedido de desculpas cara a cara. Mas ela simplesmente desapareceu. Eu cheguei a gravar o que houve. Eu devia processá-la por isso”, desabafou a estilista. A equipe de Irene, liderada pela empresa SM Entertainment, logo se manifestou, confirmando a história.

“Eu realmente peço desculpas para a estilista por minha atitude estúpida. Para chegar na posição que ocupo hoje, eu tive ajuda de várias pessoas que trabalharam comigo, por isso, eu me arrependo e estou refletindo sobre a mágoa que causei com minhas ações imaturas. Estou envergonhada com a minha falta de humanidade e vou agir com mais cuidado para que isso não se repita no futuro. Eu realmente sinto muito a todos que me apoiam”, disse Irene.

Em nota, a SM Entertainment revelou que Irene se desculpou à estilista pessoalmente. “Irene encontrou a estilista pessoalmente esta tarde e se desculpou por sua atitude descuidada. Ela se sente culpada por causar mágoas com sua imaturidade. Nossa agência se sente responsável por esse incidente, e nós não ignoramos o trabalho duro das equipes que trabalham com os artistas”, escreveu.

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