Associação Cearense de Imprensa solicita tombamento de sede
Solicitação deve ser enviada à Secretaria da Cultura do CE nesta segunda, 25, disse o presidente da ACI. Prédio foi inaugurado em 1959; órgão tem 100 anos
A Associação Cearense de Imprensa (ACI) vai protocolar uma solicitação de tombamento para o seu prédio-sede, no Centro de Fortaleza. O documento com deliberação técnica deve ser enviado à Secretaria da Cultura do Ceará nesta segunda-feira, 25, segundo o presidente da ACI, Eliézer Rodrigues.
A solicitação enfatiza “a dimensão histórica e o valor arquitetônico do imóvel”, disse o gestor, e foi construída por arquitetos do Instituto de Arquitetura, Urbanismo e Design (IAUD), da Universidade Federal do Ceará (UFC).
No início de agosto, o presidente da entidade encaminhou à equipe do IAUD respostas de três órgãos públicos — a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), a Secult Ceará e o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) — a pedidos enviados previamente.
Em defesa do tombamento, Eliézer salientou a relevância do prédio para a história do jornalismo cearense e o fato de ser representante do Modernismo brasileiro no Estado. A sede da ACI foi inaugurada em 1959 e projetada ao longo da década de 50. Veja mais detalhes a seguir.
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ACI: qual a importância do órgão?
A Associação Cearense de Imprensa foi fundada em 14 de julho de 1925 como Associação dos Jornalistas Cearenses. Em 2025, celebrou 100 anos.
Segundo o site da instituição, por trás de sua criação estão César Magalhães, Tancredo Moraes, Joaquim Genu, Sá Leitão Júnior, Juarez Castelo Branco e Luiz Sucupira, integrantes da primeira diretoria.
Ao longo de sua trajetória centenária, a ACI participou de diversos marcos do jornalismo cearense: já abrigou o Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce); promoveu prêmios e ações de formação; e até hospedou os passos iniciais da estruturação do Curso de Jornalismo da UFC, em 1965.
Sede da ACI: como surgiu?
A Associação Cearense de Imprensa se reunia inicialmente em espaços públicos, como o Palacete Ceará, e adquiriu um imóvel na rua Senador Pompeu, perto das sedes de jornais de Fortaleza, na década de 1930.
A atual sede — na rua Floriano Peixoto, 735 — foi erguida 20 anos depois, com a pedra fundamental lançada em 1952. O engenheiro e arquiteto Luciano Ribeiro Pamplona, então professor da Escola de Engenharia da UFC, foi responsável pelo projeto arquitetônico, ao longo dos anos 1950.
O prédio, chamado Edifício Perboyre e Silva ou “Casa do Jornalista”, foi inaugurado em 1959 e hoje reúne acervo, biblioteca, museu da imprensa cearense e espaços culturais, além de espaços de deliberação.