'Dia D' de vacina contra hepatite em Fortaleza facilita acesso popular

Cidadãos no Vapt Vupt Papicu, onde ocorreu o mutirão de vacinação, elogiaram a possibilidade de se proteger no fim de semana. Evento encerra o Julho Amarelo

Dezenas de cearenses puderam atualizar o calendário de vacinas e se proteger contra hepatite e outras doenças neste sábado, 27, no Vapt Vupt do bairro Papicu, em Fortaleza. Em todo o Estado, foram organizados pontos de testagem rápida e vacinação para todas as faixas etárias.

Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), o objetivo do “dia D” de vacinação é facilitar o acesso da população e ampliar os índices de testagem, no caso da hepatite, e imunização. Ao chegar no local, os cidadãos passavam por triagem e, na sequência, precisavam ser testados para hepatite B e C.

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Somente após os resultados era possível conversar com agente de saúde sobre quais imunizantes seriam aplicados. A possibilidade de receber a vacina no fim de semana foi elogiada pelas pessoas presentes, como Beatriz Canto Cutrim, de 21 anos, que levou mãe e avó para se proteger da hepatite.

Na visão da moradora da Varjota, “é essencial ter esse momento no sábado. Muita gente não consegue ir no posto de saúde do bairro. Inclusive porque às vezes a sala de vacinação fecha antes do resto do posto”.

A carioca Fátima Silva, 64, que mora no bairro Dunas há 25 anos, acrescenta que “tem muita gente trabalhando [na semana]. Acaba que esses sábados ficam como um dia para você tirar só para cuidar da sua saúde”.

Ela pontua que o atendimento dos profissionais é bom, “mas [o processo de vacinar] é muito burocrático, muito protocolar. Mas, pelos protocolos de saúde mesmo, tem que testar primeiro e só depois vacinar”.

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O atendimento foi louvado por outras pessoas atendidas. Uma delas foi Andreia Rodrigues, 50. “Foi bom especialmente na hora de tirar dúvidas”, diz. A fortalezense levou a filha mais nova, Carolina, 17, para vacinar também.

A jovem tem medo de agulhas e precisou de atenção durante a testagem. “As enfermeiras são atenciosas, principalmente a que foi paciente com Carolina”, brinca Andreia, rindo com a filha já recuperada da tensão.

O temor de Carolina começou aos 5 anos. “Ela foi internada por problemas respiratórios. Furaram ela em todos os lugares imagináveis. Único lugar que deu certo foi no pé. Desde então, qualquer agulha, ela chora”, diz a mãe.

Moradora da Maraponga, a fortalezense complementa que Carolina está no terceiro ano do Ensino Médio e, mesmo de férias, intensifica os estudos preparatórios para vestibulares. Por isso, a oportunidade de vacinação no sábado “deixa mais fácil para nós virmos juntas”.

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'Dia D' de vacinação faz parte do Julho Amarelo

O “mutirão” de imunização no Ceará, neste sábado, marca o encerramento da campanha Julho Amarelo, institucionalizada pela lei n.º 13.802/2019. O objetivo é conscientizar a população sobre as hepatites virais e a importância de prevenir, diagnosticar precocemente e tratar as doenças.

“A testagem possibilita o início do tratamento mais cedo, o que pode prevenir complicações graves e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, explica Ana Maria Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa.

Na última quarta, 24, a pasta realizou um webinar sobre ferramentas estratégicas para eliminar hepatites virais. Transmitido via YouTube, o evento enfatizou o papel da testagem rápida no combate às hepatites. Clique aqui para assistir ao webinar ou reproduza o player abaixo.

Brasil teve 28 mil novos casos de hepatites em 2023

A hepatite é uma inflamação dos tecidos do fígado e, em todo o mundo, é mais contraída de forma viral. Há cinco principais tipos: hepatite A, B, C, D e E. Segundo a Sesa, os vírus mais comuns no Brasil são A, B e C.

SAIBA os sintomas e como prevenir a hepatite B

Nessa sexta, 26, o Ministério da Saúde divulgou o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2024. Segundo o documento, foram notificados mais de 28 mil novos casos de hepatites virais no País somente em 2023.

O boletim epidemiológico mostra que, entre 2000 e 2023, foram mais de 785 mil casos no território nacional. 40,8% dos casos eram de hepatite tipo C, enquanto 36,8% eram do tipo B e 21,8%, do tipo A.

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