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Tragédia do Edifício Andréa: "Cada vez que chega notícia que não é verdadeira tem gente que passa mal", diz voluntária

Informações oficiais só são repassadas a familiares após a confirmação

Os boatos sobre resgates de vítimas dos escombros do Edifício Andréa, em Fortaleza, causam impacto, desgaste emocional e mais ansiedade entre familiares à espera de notícias. "Isso mexe com as pessoas. Cada vez que chega notícia que não é verdadeira tem gente que passa mal, gente que chora", comenta a professora de Enfermagem, Isabela Bonfim. Ela atua como voluntária na atenção às famílias da tragédia. O edifício desabou na última terça-feira, 15. Até a noite desta sexta-feira, duas pessoas permaneciam desaparecidas sob os escombros.

Há, ela explica, um cuidado ao comunicar aos familiares das vítimas sobre o resgate dos corpos. As informações só são repassadas após confirmação. "Quando um corpo é encontrado isso só chega aos familiares depois da confirmação do óbito. Um familiar reconhece e em seguida é divulgado para os demais e para a imprensa", explica. 

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Isabela Bonfim é professora do curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza (Unifor) e atua como voluntária no local desde o dia da tragédia. Ela ressalta que além dos enfermeiros, há psicólogos, fisioterapeutas. "Tem dois postos principais com médicos e enfermeiros, posto avançado do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), que fica em frente aos escombros no caso de alguma vítima (ser) encontrada e no suporte caso algum bombeiro precise. Há também um condomínio, que é um espaço para atender familiares", detalha a voluntária.

Diante das notícias ruins, "um chora, a pressão sobe, a glicemia sobe", ela lista. Para os atendimentos, "tem médico, técnico de enfermagem e psicólogos para dar suporte emocional".

O Corpo de Bombeiros divulgou que a cada duas horas os familiares são informados sobre a operação de resgate. Apesar da disponibilização de hotéis, os parentes preferem ficar próximo do local do desabamento, especificamente nos pontos de apoio, para receberem informações de forma imediata.

Na entrevista coletiva realizada no começo da noite desta sexta-feira, 18, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Eduardo Holanda, afirmou que faltavam duas pessoas para serem resgatadas nos escombros do Edifício Andréa. Ele afirmou que sete pessoas foram resgatadas com vida e outras sete mortas.

Leia também: "Infelizmente o tempo não é mais favorável", diz comandante dos Bombeiros sobre resgate

O comandante ainda informou que uma das pessoas que era reclamada pelos familiares não estava no condomínio no momento da tragédia e foi localizada com vida em outro lugar. Seria uma pessoa que os parentes identificavam como técnico em manutenção de ar-condicionado. Após a situação ser esclarecida, o número de três pessoas desaparecidas caiu para dois.

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