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Solidariedade na tragédia: "Renovei a esperança no ser humano", diz voluntária

"Apesar da tragédia, fiquei feliz com as pessoas que se solidarizam, chegam junto, esse amor ao próximo está vivo e isso me encheu de esperança", conta enfermeira voluntária

Após mais de 80 horas do desabamento do Edifício Andréa, o trabalho dos voluntários segue intenso para atender familiares, vítimas e os profissionais que estão atuando na operação de resgate nesta sexta-feira, 18. Até esta noite, duas pessoas continuavam soterradas sob os escombros do prédio, que desabou na última sexta-feira, 15. Sete mortes já foram registradas.

Professora do curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza (Unifor), Isabela Bonfim atua em um dos postos de atendimento voluntário na operação. "Renovei a esperança no ser humano. Apesar da tragédia, fiquei feliz com as pessoas que se solidarizam, chegam junto, esse amor ao próximo está vivo e isso me encheu de esperança", relata.

"Eu aprendi que a gente tem que valorizar cada segundo da nossa vida, o ter não vale nada, o que vale é a gente ser", comenta quando indagada sobre o que tira de aprendizado em tantos dias vivenciando essa tragédia.

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Isabela diz que as pessoas chegam o tempo todo querendo ajudar. "Comida, colchão, produtos de higiene, tudo o que se precisa está chegando. As pessoas são maravilhosas", relata. Nesta sexta, a Defesa Civil informou que não precisa de novas doações, nem mesmo de água.

Na área de voluntários, há psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas. A professora universitária relata que há momentos que os próprios profissionais param para chorar, pois o desgaste emocional é enorme. No entanto, o trabalho segue até que todos sejam resgatados.

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Entre orações, doações e momentos de silêncio, o acolhimento e o reconhecimento ao trabalho do Corpo de Bombeiros surgem a cada momento. Quando os profissionais passam pela multidão são aplaudidos. Isabela conta que, na hora do almoço, os bombeiros chegam a fazer as refeições em cima dos escombros: de mão em mão, as quentinhas chegam a todos para que a refeição não represente uma interrupção dos trabalhos.

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