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Em depoimento, engenheiro diz que Edifício Andréa desabou 20 minutos após síndica ter acesso a autorização da obra

O proprietário da Alpha Engenharia afirmou, em depoimento, que o prédio tem mais de 40 anos e já deveria ter passado por manutenções preventivas
21:36 | Out. 18, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

O engenheiro proprietário da Alpha Engenharia, José Andreson Gonzaga dos Santos, afirmou, em depoimento à Polícia Civil, no 4º Distrito Policial, que o Edifício Andréa desabou 20 minutos após informar para a síndica Maria das Graças Rodrigues, 53, que estava com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) - documento que autorizava a obra. O edifício localizado no bairro Dionísio Torres desabou na última terça-feira, 15. A empresa era a responsável pela intervenção no local.

Leia também: Vídeo mostra pedreiros quebrando coluna do Edifício Andréa minutos antes do desabamento

No depoimento, o engenheiro diz ainda que "o prédio tem mais de 40 anos que foi construído e que já deveria ter passado por manutenções preventivas".

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Santos informou à Polícia que foi procurado há dois meses pela síndica e foi até o local no último dia 21 de agosto para verificar as condições do condomínio. A síndica, conforme o depoimento, teria dito que o serviço de recuperação dos pilares havia sido executado anteriormente por outro pedreiro, mas o engenheiro notou que foi feito de maneira errada, com materiais que não condizem com os que deveriam ser utilizados.

O depoimento informa que "ao chegar (José Andreson) presenciou que os pilares já demonstravam as ferragens com nível de corrosão muito alto, oportunidade em que a sessão de aço estava completamente comprometida com ferrugem, que no contato passou o orçamento de R$ 22,2 mil para recuperação dos pilares e das vigas do condomínio". E diz ainda que "além desses pilares e vigas, o declarante visualizou e informou à síndica que deveria ser feita a recuperação de varandas que apresentavam o aço danificado. Porém essa parte ela ia fazer posteriormente devido à falta de dinheiro".

O engenheiro afirmou que na segunda-feira, 14 - portanto, um dia antes da tragédia -, foram deixados no prédio os materiais e equipamentos para executar o serviço. Ele e funcionários retornaram ao local no dia seguinte "para executarem a obra". "Às 10h07min informou à síndica que havia tirado o ART hoje (terça-feira) que autorizava o serviço para ser realizado hoje e 20 minutos depois aconteceu o desabamento". Eles aparecem em vídeo que mostra pedreiros quebrando coluna do Edifício Andréa minutos antes da queda do prédio.

Ainda afirmou que seus funcionários, identificados como Carlos e Amauri, estavam no térreo quando o prédio desabou. Eles e o próprio engenheiro sofreram diversas escoriações. 

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