Suspeitos de envolvimento na morte de criança acompanharam cortejo e sepultamento

A menina foi encontrada morta no dia 15 de março e tinha sinais de violência sexual. Segundo laudo, ela morreu por asfixia mediante afogamento

A mulher de 56 anos e o adolescente de 14 anos suspeitos de envolvimento na morte de Ana Karine, de 6 anos, acompanharam o cortejo e o sepultamento da criança no dia 15 de março, no cemitério memorial da Paz, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. O POVO acompanhou o momento.

Os dois chegaram ao cemitério e um deles permaneceu ao lado da vítima observando o corpo. Quando o pequeno caixão branco foi fechado e a menina foi levada para o jazigo, ambos os suspeitos seguiram para o local.

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Foi um sepultamento rápido. Os semblantes de ambos não demonstravam emoção. Em meio à cena, havia conversas e sorrisos — não apenas dos suspeitos, mas até de familiares.

A pequena Karine havia sido encontrada morta com sinais de violência sexual. O crime chocou moradores da Caucaia. A menina foi achada morta dentro de um carro abandonado perto da casa.

Naquele grande espaço cheio de jazigos, caía chuva e o tempo era cinzento. E com tantas pessoas próximas à criança, quem parecia demonstrar mais emoção eram os funcionários do cemitério, os quais estavam consternados com o caso.

Já na saída, minutos após a menina ser enterrada, uma pessoa da família se aproximou e confessou ao O POVO. “Dia de Finados eu nem piso aqui. É muito longe esse cemitério. Não é não?”, indagou.

Caso da menina encontrada morta em carro gera prisão e apreensão

O aparente desfecho do caso ocorreu nesta terça-feira, 25, com a divulgação da prisão da mulher e a apreensão do adolescente. Havia vestígios de sêmen do garoto no tecido de um berço que era usado pela criança. E ainda em um travesseiro, que foi escondido.

Os exames apontaram que a menina foi vítima de violência sexual e a morte ocorreu por asfixia mediante afogamento.

No dia do desaparecimento da criança, dezenas de moradores se reuniram à procura por Karine. Foi formado um grupo da escola onde a menina estudava, e por lá se acompanhava a situação.

Mães do município de Caucaia se reuniram em protesto pedindo Justiça em relação ao caso. A maioria nem sequer conhecia a vítima, mas se sensibilizou com o caso.

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