Apesar da redução no Ceará, RMF tem aumento no número de homicídios em 2023

Alta de 11,85% no número de assassinatos nos 18 municípios que compõem a Região Metropolitana é puxado por Maracanaú, que registrou aumento de 62,85% no íncide

Apesar do Ceará ter registrado uma redução de 5,5% no número de homicídios no primeiro quadrimestre deste ano, os municípios que integram a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) não acompanharam a diminuição. De janeiro a abril, 282 homicídios foram registrados nos 18 municípios que compõem a Grande Fortaleza, aumento de 11,85% na comparação com o mesmo período de 2022.

Os dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) foram publicados de forma detalhada nesta quarta-feira, 3. As estatísticas da Região Metropolitana de Fortaleza não abarcam Fortaleza, que registrou, como O POVO mostrou na edição de ontem, o primeiro quadrimestre menos violento desde 2009.

O aumento na RMF é puxado por Maracanaú, que registrou, até abril, 57 homicídios neste ano. Trata-se de um aumento de 62,85% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 35 assassinatos foram registrados.

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O último fim de semana voltou a ser violento em Maracanaú, quando três homicídios à bala foram registrados. Na noite de sexta-feira, 28, ocorreram dois homicídios nos bairros Jereissati II e Piratininga. O primeiro caso ocorreu por volta das 21 horas e teve como vítima um homem de 37 anos identificado apenas como Cassiano. Na mesma ação, uma criança de cinco anos ficou ferida.

Já por volta das 21h30min, uma mulher de 39 anos foi morta a tiros. No domingo, 30, por volta das 16h30min, a vítima foi um jovem de 19 anos, morto também a tiros. Os três crimes seguem em investigação.

Outros municípios da Grande Fortaleza que registraram aumento no número de homicídios foram Pacatuba, Maranguape e Guaiúba. Pacatuba, que registrou 12 homicídios no primeiro quadrimestre de 2022, teve, neste ano, 25 assassinatos — aumento de 108,33%. Também na noite da última sexta-feira, 28, o funcionário de um mercadinho no bairro Pavuna, em Pacatuba, foi morto a tiros durante o horário de trabalho. Este crime também segue em investigação.

Maranguape, por sua vez, saiu de 11 homicídios, de janeiro a abril de 2022, para 20 homicídios neste ano — aumento de 81,81%. Guaiúba, por sua vez, havia registrado quatro assassinatos em 2022 e, neste ano, registrou 14, o que representa um crescimento de 250%. Caucaia, maior município da RMF, registrou variação de um homicídio no período. Em 2022, foram 60 crimes, e, em 2023, 59.

No Interior, das nove Áreas Integradas de Segurança (AIS) em que a SSPDS reúne esses municípios, seis apresentaram redução de homicídios neste primeiro quadrimestre. A mais significativa variação negativa ocorreu na AIS 17, que reúne 19 municípios do Litoral Oeste e Vale do Curu: houve um aumento de 35,48% (de 62 para 84 homicídios) neste primeiro quadrimestre.

No último mês de abril, a AIS 17 registrou a pior marca desde 2018, com 27 homicídios. É na AIS 17 que fica Itapipoca, que, como O POVO mostrou no último sábado, 29, já tem em 2023 mais que quatro vezes todo o número de homicídios computado em 2022.

Por outro lado, em Fortaleza, o resultados de algumas das AIS nas quais a cidade é dividida ajudou no resultado histórico. Exemplo disso é a AIS 3, que engloba bairros da Grande Messejana, Jangurussu e Conjunto Palmeiras, que teve, em abril, o mês com menos homicídios desde 2019: foram cinco casos. A AIS 3 foi, em 2022, a região mais violenta de Fortaleza. Já a AIS 10 (que reúne 12 bairros, incluindo Praia do Futuro, São João do Tauape e Dionísio Torres) não registrou nenhum homicídio em abril.

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