Polícia Civil de PE diz que identificou suspeitos do atentado ao ônibus do Fortaleza

A teoria da Polícia Civil é de que foi algo premeditado e que os criminosos sabiam que o ônibus levava a delegação do Fortaleza

Após reunião entre as autoridades de segurança de Pernambuco nesta sexta-feira, 23, Renato Rocha, chefe da Polícia Civil do Estado, afirmou que a Polícia Civil identificou alguns dos suspeitos que participaram do atentado ao ônibus do Fortaleza e que o trabalho de investigação vem sendo feito de forma incessante desde o acontecimento do fato. 

Em entrevista coletiva para a imprensa após a reunião, Renato Rocha preferiu não citar o número exato de suspeitos que foram identificados, mas ressaltou que não é apenas uma pessoa, e sim um grupo. Em relação às punições, o chefe da Polícia Civil destacou que o caso é grave, mas que a decisão fica a cargo do delegado encarregado. A teoria é de que foi algo premeditado.

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“Desde o primeiro momento que tomamos conhecimento do fato, a Polícia Civil vem trabalhando incessantemente. Estamos com um prognóstico muito bom na investigação e acredito que vamos chegar aos responsáveis pelo ato [...] Temos algumas pessoas identificadas. Não gostaria de falar agora para não atrapalhar. Temos um número, não é só uma pessoa, e acreditamos que vamos chegar a uma organização”, explicou Renato Rocha.

Quem também participou da reunião foi o Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho. De forma firme, ele enfatizou que os autores do atentado não podem ser descritos como torcedores, mas sim como criminosos. Prometeu, ainda, que a resposta será “proporcional ao crime que foi cometido”.

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“Não são torcedores. São criminosos, que cometeram atos, e que não há outra classificação. É uma tentativa de homicídio da forma que foi feita. A Polícia Civil está investigando de uma forma muito diligente, não podemos entrar em detalhes, mas há alguns identificados. Falo que tenham paciência que vamos dar uma resposta e será proporcional ao crime que foi cometido”, disse Alessandro Carvalho.

Para evitar outros incidentes da mesma natureza, as autoridades definiram durante a reunião que vão mudar o protocolo e reforçar a escolta dos times visitantes em jogos em Pernambuco. No atentado sofrido pela delegação do Fortaleza, o ônibus era acompanhado por cinco motos e uma viatura, totalizando oito policiais.

Relembre o que aconteceu

Após o empate em 1 a 1 com o Sport, dirigentes, comissão técnica e jogadores do Fortaleza saíram do estádio no início da madrugada desta quinta-feira, 22. O trajeto até a capital pernambucana dura em torno de 30 minutos, a depender das condições do trânsito. No entanto, cerca de dez minutos após a saída da Arena, o ônibus que conduzia a delegação cearense foi atacado por um grupo de torcedores na rodovia.

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Bombas e muitas pedras foram atiradas contra o ônibus — ao mesmo tempo, de acordo com os presentes. O grande barulho da explosão foi o estopim para momentos de tensão em meio à fumaça e ao forte cheiro de pólvora, além de sangue pelos corredores.

Com atletas feridos (João Ricardo, Gonzalo Escobar, Dudu, Brítez, Lucas Sasha e Titi) e estilhaços por todo lado, os integrantes da delegação tentavam se comunicar e socorrer os companheiros junto ao médico Glay Maranhão. Escobar, por exemplo, foi atingido por uma pedra, precisou levar 13 pontos no rosto e sofreu um trauma cranioencefálico.

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