Ceará liga alerta para desempenho ofensivo na Série A e busca ajustes sob novo comando

Em meio ao mau momento, Vovô soma dois gols nos últimos cinco jogos e tenta definir formação ideal do ataque para aumentar poder de fogo no Brasileirão

A sequência negativa do Ceará no Campeonato Brasileiro coincide com o momento de baixa do setor ofensivo. Com trocas constantes e apenas dois gols marcados nos últimos cinco jogos, o desempenho do quarteto de frente gera preocupação e deve receber atenção especial do técnico Tiago Nunes em busca de ajustes para a sequência da competição.

O Alvinegro tem o oitavo pior ataque da elite nacional, com 19 tentos anotados em 19 jogos - o Corinthians-SP balançou as redes pelo mesmo número de vezes em 20 partidas. A última vez em que marcou mais de um gol no mesmo duelo foi justamente na última vitória, em 1º de agosto, quando bateu o arquirrival Fortaleza por 3 a 1.

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Desde então, o ataque passou por mudanças de peças e queda nos números, passando em branco em três compromissos - dois de maneira consecutiva. Os gols anotados foram na derrota por 3 a 1 para o Corinthians-SP, em São Paulo, e no empate em 1 a 1 com o Flamengo-RJ, na Arena Castelão. Já Atlético-GO, América-MG e Grêmio-RS conseguiram sair de campo com as defesas intactas.

No início da série de cinco partidas sem vencer, contra o Dragão, o quarteto de frente foi formado por Lima, Vina, Mendoza e Cléber. Diante do Timão, Vina cumpriu suspensão e deu lugar a Jorginho. O tento, entretanto, veio do banco de reservas com Rick. O jovem atacante ganhou a vaga de Mendoza contra o Rubro-Negro, e Vina retornou à equipe balançando as redes.

No último confronto sob comando de Guto Ferreira, diante do Coelho, o quarteto escolhido se repetiu: Rick, Vina, Lima e Cléber. Desta vez, porém, sem gols. Na estreia de Tiago Nunes, em solo gaúcho, Mendoza e Jael apareceram entre os titulares, e Vina ganhou posicionamento mais avançado, como atacante, enquanto Lima teve liberdade na armação. As mudanças, entretanto, não surtiram efeito.

"A principal dificuldade que tivemos foi a chegada na última parte do campo, sendo mais agudos, com mais presença ofensiva, mais finalizações. A equipe teve mais facilidade para construção desde trás, procurou a saída de bola mais curta na maior parte das vezes, mas faltou um pouco mais de profundidade e agressividade para que pudesse criar mais chances de gol", reconheceu o treinador, após o revés por 2 a 0 em Porto Alegre.

O rendimento ofensivo do Ceará era motivo dos principais questionamentos sobre Guto, e Tiago Nunes chegou a Porangabuçu com a missão de dar mais ofensividade ao time e melhorar a média de gols. Após quase duas semanas de treinos, o resultado inicial não agradou ao comandante, que promete enfatizar os trabalhos com os atacantes.

O objetivo é aproveitar mais uma semana de atividades para apresentar nova postura e retomar os resultados positivos a partir do jogo contra o Santos-SP, no próximo sábado, 18, às 21 horas, na Arena Castelão, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

"Um dos pontos que precisamos evoluir é a chegada no último terço, a agressividade com movimentos de ataque à última linha do adversário, mas, ao mesmo tempo, o jogo de futebol não é feito somente pela nossa equipe, é feito também por uma equipe adversária, que se propôs a marcar muito bem nossos jogadores, fechou muito bem os espaços. Precisamos, sim, evoluir, mas tem um adversário que conseguiu neutralizar muitas das nossas ações por mérito", ponderou Tiago Nunes.

Formações do ataque do Ceará

  • Ceará 0x0 Atlético-GO: Lima, Vina, Mendoza e Cléber
  • Corinthians-SP 3x1 Ceará: Lima, Jorginho, Mendoza e Cléber | Gol de Rick
  • Ceará 1x1 Flamengo-RJ: Lima, Vina, Rick e Cléber | Gol de Vina
  • América-MG 2x0 Ceará: Lima, Vina, Rick e Cléber
  • Grêmio-RS 2x0 Ceará: Vina, Lima, Mendoza e Jael

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