CoronaVac e AstraZeneca: entenda como funcionam as vacinas aprovadas pela Anvisa

Neste domingo, 17, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o uso emergencial das vacinas CoronaVaC e Sinovac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, neste domingo, 17, o uso emergencial no país das vacinas CoronaVac, do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o consórcio Astrazeneca/Oxford.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que a previsão é de a vacinação começar na quarta-feira, 20, às 10 horas, dentro do Plano Nacional de Imunização.

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Até o momento, o País tem 6 milhões de doses. As primeiras doses serão enviadas ao Ceará nesta segunda-feira, 18, às 7 horas da manhã.

Entenda como age cada vacina:

CoronaVac

A Coronavac, vacina contra o vírus Sars-Cov-2 da Sinovac, foi desenvolvida em Pequim, e já está sendo ministrada à população. Uma unidade da firma biofarmacêutica construída na capital chinesa pode produzir 300 milhões de doses por ano, como declarou seu presidente e diretor executivo, Yin Weidong, à emissora de TV estatal chinesa CGTN. Chile, Cingapura e Turquia já encomendaram doses. A Indonésia já recebeu seu lote, em meio a preparativos para uma campanha de vacinação em massa. No Brasil, o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, importou doses da Coronavac.

Ela é a candidata mais marcante e foi motivo de disputa política entre o Governo Federal e Governo do Estado de São Paulo.

Coronavírus inativado:

Essa vacina tem em sua fórmula o coronavírus inativado, ou seja, contém apenas fragmentos inativos desse vírus, então não há chances de desencadear uma infecção. Com a aplicação das duas doses previstas, é esperado que o sistema imunológico de cada paciente comece a produzir anticorpos contra o vírus causador da Covid-19.

Vantagens:

Uma das principais vantagens do imunizante da Sinovac é que ele pode ser armazenado em uma geladeira comum a 2 a 8 graus Celsius. Como já vimos, essa questão do armazenamento é bem delicada e pode ser um grande desafio de logística em alguns casos, como o da Pfizer e BioNTech.

Respostas:

Testes feitos em novembro revelaram que as respostas de anticorpos podem ser induzidas dentro de 28 dias após a primeira imunização, administrando duas doses da vacina com 14 dias de intervalo. Em contrapartida, os níveis de anticorpos produzidos pela CoronaVac foram mais baixos do que os observados em pessoas que foram infectadas e se recuperaram da Covid-19 e os cientistas alegaram que a persistência dos anticorpos gerados ainda deve ser verificada para se determinar quanto tempo dura a proteção contra o vírus.

Efeitos colaterais:

Em relação aos efeitos colaterais, os testes em questão identificaram a dose ideal para gerar as respostas imunológicas mais altas e observou os efeitos secundários. Basicamente, eles foram leves e desapareceram em 48 horas. As informações são do site especializado Canal Tech. Um ponto interessante sobe a CoronaVac é que, além do Brasil, ela esteve em testes na Indonésia e na Turquia.

Eficácia:

No caso da CoronaVac, a taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%, segundo a agência.

Oxford-AstraZeneca

A vacina fabricada pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford foi licenciada para uso em países como Reino Unido, Índia, Argentina e agora Brasil. A meta é disponibilizar cerca de 3 bilhões de doses em 2021, como informou em novembro Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner de Oxford. Produzir uma vacina global exigiu estabelecer "cadeias de fornecimento regionais com mais de 20 parceiros de 15 países", consta da declaração em vídeo do vice-presidente de Operações Biológicas Globais da AstraZeneca, Per Alfredsson, no site da companhia. Os primeiros lotes da Europa virão da Alemanha e Bélgica, comentou à imprensa, em dezembro, Ian McCubbin, chefe de fabricação da Força-Tarefa de Vacinas britânica.

Vírus enfraquecido:

Chamada de ChAdOx1 (AZD1222), a proteção é baseada no adenovírus (grupo de vírus que causam problemas respiratórios, como resfriados) enfraquecido de um chimpazé. A opção também contém a sequência genética das espículas do SARS-CoV-2. “Quando a vacina entra nas células dentro do corpo, ela usa o código genético para produzir as espículas de proteínas do vírus. Isso induz a uma resposta imune, o que prepara o sistema imunológico para atacar a doença se ela infectar o corpo”, explica a universidade britânica em um comunicado publicado em seu site oficial.

Segurança:

A Oxford também garante que a vacina é segura para crianças, idosos e também pessoas com doenças prévias e consideradas de risco nos casos do coronavírus, como diabetes.

Efeitos colaterais:

Na empresa britânico-sueca AstraZeneca, que desenvolveu sua vacina em parceria com a Universidade de Oxford, um incidente durante testes clínicos em setembro causou agitação: um paciente sofreu inflamação da medula espinhal após a vacinação. O processo foi interrompido brevemente até que um painel independente de especialistas determinou que a inflamação não estava relacionada à vacinação. Com a vacina da AstraZeneca, também ocorreram apenas as típicas reações de vacinação, como dor no local da injeção, dor muscular e dor de cabeça, além de fadiga. As reações de vacinação foram menos frequentes e mais suaves em indivíduos mais velhos.

Produção:

As doses também serão fabricadas pelo Serum Institute of India, o maior fabricante de vacinas do mundo. Segundo um acordo assinado entre Fiocruz e AstraZeneca/Oxford, 100 milhões de doses serão produzidas a partir do princípio ativo importado do parceiro da AstraZeneca na China, que então será preparado, envasado e rotulado no Brasil. Durante o segundo semestre de 2021, a Fiocruz terá o controle total da tecnologia e passará a produzir também o princípio ativo no país. As informações são da revista Exame.

Eficácia:

Para a AstraZeneca, a Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%.


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