Campanha pede que animais de estimação viajem no avião com os donos

A campanha surgiu em 2020, quando os donos da gata Angel alertaram no Instagram sobre o descaso das companhias aéreas

Em setembro, a morte do cachorro de Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, viralizou nas redes sociais. A estudante acusou a Latam de maus tratos ao cão, que estava num voo de São Paulo para o Rio de Janeira. Segundo Gabriela, o cachorro já chegou debilitado e veio a falecer horas depois. Apesar de ter ganhado repercussão, essa não é a primeira vez que acusam uma companhia aérea de maus tratos aos animais. Inclusive, em 2020, os donos de uma gata iniciaram uma campanha para que as normas dessas empresas mudassem.

A gata Angel tem mais de 150 mil seguidores em seu perfil no Instagram, onde a dona compartilha fotos de suas viagens e aventuras juntas. Em 2020, um post em seu perfil iniciou uma campanha para que as companhias aéreas pudessem oferecer melhores serviços ao transporte de animais.

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"Não sou bagagem, sou uma passageira! Dois gatos morreram recentemente e um foi congelado durante o voo da Aeroflot de Nova York. E esse não é um problema exclusivo da Aeroflot, mas um grande problema para as companhias aéreas em geral. Quantos pets mais precisam morrer durante voos para que as cias aéreas mudem suas regras de transporte de animais?", questionou.

"Eles são congelados, queimados ou feridos até a morte. Eles são transportados juntos das bagagens comuns e às vezes são mantidos do lado de fora por horas, não importando se está muito quente ou muito frio. Isso é terrível! Porque eles não são bagagem, são passageiros como você e eu", declarou.

A publicação acumula mais de 61 mil curtidas e quase mil comentários. Com a repercussão, diversas pessoas criaram petições para que outras companhias permitissem o transporte de animais de estimação na cabine do avião, junto aos donos.

Alice Hussler, uma das líderes do movimento “Não somos bagagem, somos seres vivos”, afirmou que essa mudança nas normas é essencial para evitar mais desastres. "Eles não sabem o que tá acontecendo. Quando são separados de seus donos e jogados numa cabine barulhenta, sem poderem ver nada, eles entram em pânico, choram, e se debatem por horas. Não é esse o tipo de serviço que esperamos quando decidimos pagar por ele”, declarou.

Conheça as normas no Brasil:

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), no Brasil é possível transportar os animais de estimação na cabine ou no bagageiro, dependendo das restrições das empresas de acordo com o porte, a raça e a idade do animal.

A regra geral determina que o pet seja levado em uma caixa de transporte, conhecida como kennel, e devem estar limpos e sem odor. A caixa deve ter espaço suficiente para que o animal consiga se mover e girar, além de aberturas que garantam a circulação de ar.

Na Gol, para que o animal seja transportado na cabine, deve ter peso máximo de 10kg, contando com a caixa, além de no mínimo 4 meses de idade. Para ser transportado no bagageiro, o animal deve pesar entre 10kg e 30kg, com idade mínima de 4 meses.

Na Latam, o peso máximo permitido para que o pet seja transportado na cabine é de 7kg, incluindo o peso da caixa, e a idade mínima é de 8 semanas, com exceção para viagens ao Estados Unidos, que exige mínimo de 4 meses. Para viajar no bagageiro, é permitido até 45kg, seguindo a mesma norma da cabine para idade.

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