União Brasil expulsa Celso Sabino após ele ficar no governo Lula

Celso Sabino é expulso do União Brasil após permanecer no governo Lula

Sabino é ministro do Turismo do Governo Lula e se recusou a deixar a gestão federal mesmo após determinação da sigla
Atualizado às Autor Mariana Lopes Tipo Notícia

O União Brasil expulsou Celso Sabino, atual ministro do Turismo no Governo Lula, dos quadros do partido. A executiva nacional da sigla se reuniu em Brasília, na tarde desta segunda-feira, 8, e tomou a decisão por unanimidade, conforme O POVO antecipou antes do início da reunião.

Em nota, a legenda destacou que a expulsão foi discutida durante reunião. "A expulsão decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no Governo Federal, em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados".

Sabino também foi demovido do comando do partido no Pará, estado pelo qual é deputado federal licenciado, que passará a ser gerido por uma comissão provisória. Em setembro, o União Brasil determinou que políticos filiados ao partido deveriam entregar os respectivos cargos que ocupassem no Executivo, sob o risco de sanções por "infidelidade partidária" para aqueles que se negassem a cumprir a determinação.

Confira a nota completa:

"A Comissão Executiva Nacional do União Brasil decidiu, durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 8, pela expulsão com cancelamento de filiação do deputado federal e atual ministro do Turismo, Celso Sabino.

A expulsão decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no Governo Federal, em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados.

Atendendo a outra representação, a Comissão deliberou sobre a intervenção no Diretório Estadual do Pará, que passa a ser presidido por uma Comissão Executiva Interventora".

Sabino optou por permanecer no Governo Lula

No início de setembro, a federação formada por União Brasil e PP anunciou que os filiados deveriam entregar os cargos no governo sob a pena de sofrerem punições. Na ocasião, ficou determinado que todos os filiados com mandato que possuiam algum cargo na administração federal deveriam renunciar às funções, incluindo os ministros de Estado.

Sabino não deixou o Ministério do Turismo e afirmou que permaneceria no Governo Lula. Ele foi suspenso de atividades internas e afastado da presidência do diretório do União no Pará.

"A gente tem uma grande liderança no Estado por esse partido e ao nível nacional também nós temos muitos amigos, mas eu acredito que ficou realmente insustentável a minha permanência nesse partido", disse o ministro em entrevista à CNN Brasil na época.

Embate com Caiado

À época dos embates internos, o governador de Goiás e pré-candidato a presidente da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou Sabino afirmando que ele não poderia continuar filiado, enquanto integrava o governo do petista.

"Não se pode servir a dois senhores: ser soldado do Lula e, ao mesmo tempo, representar um partido que já declarou oposição ao governo", disse Caiado na oportunidade.

Sabino rebateu as alegações alfinetando o então correligionário: "Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas (para as eleições presidenciais de 2026), eu respondo". A declaração tem tom provocativo e fazia referência a uma frase dita pelo próprio Lula, em disputa contra Caiado, durante um debate em 1989, quando o petista e o governador disputaram a Presidência.

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