Lupi lutou para manter Ciro no PDT, mas ex-ministro optou pelo PSDB
Presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi afirmou em diversas ocasiões a intenção de manter Ciro no partido e não descartava um nova candidatura do ex-governador cearense à Presidência da República
O presidente do PDT, Carlos Lupi, vinha trabalhando para manter na sigla brizolista o ex-ministro Ciro Gomes, que vinha sendo cortejado pelo PSDB e teve a filiação à sigla tucana confirmada pelo PSDB Ceará na semana passada, ainda sem data para ocorrer.
Nas entrevistas que vinha dando, Lupi afirmava a intenção de manter Ciro no partido, sugerindo até uma nova candidatura do ex-governador cearense à Presidência da República em 2026. “Se depender de mim, Ciro não sai”, afirmou em alguns momentos.
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“Ciro me disse reiteradas vezes que não é candidato a nada. Eu disse a ele: ‘Você não é candidato a nada, mas pode ser a tudo'”, disse o ex-ministro da previdência de Lula.
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Na eleição de 2022, Ciro Gomes recebeu 3% dos votos, desempenho mais fraco do que teve em 2018, quando obteve 12,5% dos votos terminando na terceira colocação atrás de Jair Bolsonaro (então candidato pelo extinto PSL) e Fernando Haddad (PT).
Mesmo ponderando se há a possibilidade de ter espaço ou não para um segundo nome de centro-esquerda na disputa, o dirigente considera que a polarização política pode estar próxima do fim. “A polarização pode estar começando o seu esgotamento. Nesse esgotamento, pode aparecer a oportunidade de a gente ter uma candidatura de novo”, disse Lupi à Carta Capital.
Apesar disso, Lupi disse que no caso de reedição entre Lula e um candidato Bolsonarista, o PDT iria novamente apoiar o petista. “Se a eleição fosse hoje, entre Lula e o esquema de Bolsonaro, estaríamos com Lula sem sombra de dúvida, sem nenhuma negociação”, declarou.
A aproximação entre PDT e PT não ocorreu apenas no nível nacional, mas também no Ceará e em Fortaleza. O movimento era uma barreira para a permanência de Ciro na sigla, já que o ex-ministro - e seu grupo de aliados - é um crítico frequentes do presidente Lula (PT) e dos governos petistas no Ceará (Elmano de Freitas) e na Capital (Evandro).