Há 11 anos, PT teve 13 pré-candidatos à Prefeitura de Fortaleza; entenda

Dentre os pré-candidatos lançados pelo partido no período, estava o atual governador do Estado, Elmano de Freitas (PT)

Treze membros do Partido dos Trabalhadores (PT) foram cotados para concorrer ao cargo de prefeito de Fortaleza no ano de 2012. À época, a capital cearense era comandada pela hoje deputada federal Luizianne Lins (PT), que já estava no seu segundo mandato consecutivo e não poderia disputar o pleito novamente. Dentre os pré-candidatos lançados pelo partido no período, estava o atual governador do Estado, Elmano de Freitas (PT). Ele acabou sendo o nome escolhido e chegou a ir para o 2° turno, mas foi derrotado por Roberto Cláudio (hoje no PDT, à época no PSB). 

A decisão dos nomes se deu a partir das prévias partidárias, que consiste em um modelo interno no qual os filiados escolhem quem deve ser o candidato do partido homologado na convenção partidária.

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Lista dos 13 pré-candidatos pelo PT

Ao final de julho de 2012 , o PT de Fortaleza divulgou uma lista de 13 pré-candidatos. Foram eles:

  • Acrísio Sena - então presidente da Câmara Municipal de Fortaleza;
  • Antônio Carlos - então líder do governo do estado na Assembleia Legislativa;
  • Artur Bruno - então deputado federal;
  • Camilo Santana - então titular da Secretaria das Cidades do Ceará;
  • Deodato Ramalho - então secretário de Meio Ambiente de Fortaleza;
  • Elmano Freitas - então secretário de educação;
  • Guilherme Sampaio - então vereador;
  • Íris Tavares - então presidente do Instituto Municipal de Pesquisa Administração e Recursos Humanos (Imparh);
  • Joaquim Cartaxo - ex-secretário das Cidades do estado;
  • José Pimentel- então senador;
  • Luíza Perdigão - então titular da secretaria executiva regional do Centro, da prefeitura;
  • Roberto Gomes - então presidente da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor);
  • Waldemir Catanho - então secretário da Ação Governamental da Prefeitura de Fortaleza, e que era considerado o preferido de Luizianne para disputar sua sucessão.

Durante o processo, retiraram os nomes da disputa interna:

  • Deodato Ramalho
  • Antonio Carlos
  • Roberto Gomes
  • Íris Tavares
  • Joaquim Cartaxo
  • Luiza Perdigão
  • Waldemir Catanho.

Após a desistência, Deodato Ramalho afirmou apoiar Elmano Freitas, que também era próximo à prefeita Luizianne Lins.

Ao final, os membros da legenda optaram por lançar Elmano como candidato e Antônio Mourão como vice-prefeito.

A disputa ao Paço Municipal contou com a participação de 10 candidatos, foram eles:

  • Heitor Ferrer (na época estava PDT)
  • Inácio Arruda (PC do B)
  • Moroni Torgan (na época estava no DEM)
  • Renato Roseno (Psol)

Os mencionados acima já concorreram ao cargo em eleições anteriores.

Outros seis candidatos disputaram o posto pela primeira vez:

  • André Ramos (à época no PPL)
  • Elmano de Freitas (PT)
  • Francisco Gonzaga (PSTU)
  • Marcos Cals (à época no PSDB)
  • Roberto Cláudio (à época no PSB)
  • Valdeci Cunha (PRTB)

No primeiro turno, Elmano obteve 25,44% dos votos válidos, seguido pelo então presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Roberto Cláudio (na época no PSB), que obteve 23,32% dos votos válidos. Assim, a decisão de quem ocuparia o cargo de Luizianne Lins se deu no segundo turno.

Ainda que tenha ficado como segundo colocado no primeiro turno, Roberto Cláudio reverteu o cenário e foi eleito prefeito de Fortaleza com 53,02% dos votos. Elmano, por sua vez, recebeu 46,98% dos votos.

Eleições municipais de 2024

Atualmente, a disputa ao Paço Municipal já possui 12 pré-candidatos, sendo quatro deles do Partido dos Trabalhadores (PT). A ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins é uma das concorrentes pela legenda, bem como a deputada estadual Larissa Gaspar, a senadora Augusta Brito, e o deputado estadual Guilherme Sampaio.

No fim de agosto, a ex-prefeita confirmou sua pré-candidatura, afirmando que a iniciativa foi tomada porque “o povo quer”. A declaração foi dada durante o programa "Roda de Conversa com a deputada", na tarde deste sábado, 26, no bairro do Jangurussu, em Fortaleza.

"Depois de conversar com várias pessoas próximas, aliados políticos, pessoas que fizeram parte da minha história política, ontem eu decidi que ia apresentar a minha pré-candidatura por um monte de questões", prosseguiu. "Em primeiro lugar porque o povo de Fortaleza quer. A energia, a alegria, o carinho do povo é muito grande, e isso não é por acaso, a gente viveu isso muito intensamente. Era um governo muito sintonizado com os interesses da população de Fortaleza".

Sobre eventual candidatura da correligionária Larissa Gaspar ao pleito, Luizianne explicou que respeita as outras pré-candidaturas, contudo, defende que "seria ideal que não tivesse prévias" e que o partido "saísse num processo de unidade" para fortalecer o grupo na disputa municipal.

"A prévia nunca foi processo enfraquecedor, partido sempre cresce, ele não encolhe. Se preciso for, nós temos mecanismos concretos no partido, mas eu acho que, agora, com o Lula presidente e o Elmano governador, é o momento da gente sair unificado pra enfrentar a conjuntura de 2024".

Eventual candidatura de Evandro Leitão pelo PT

Ao ser questionada se a pré-candidatura sinalizava um planejamento de projetos políticos com o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão (PDT), Luizianne afirmou que "nunca fez projetos sozinha". Contudo reiterou que não vai ficar "especulando" a eventual filiação do pedetista à legenda.

"O Evandro é um querido, quero muito bem a ele, tenho uma relação pessoal muito boa com ele. Eu nunca fiz projeto individual, minha vida sempre foi marcada por projetos coletivos. Eu não chegaria à Prefeitura de Fortaleza em 2004 sem um projeto coletivo", explicou. "Eu não vou ficar especulando. Se o Evandro estiver no PT, se ele for pro PT, nós vamos falar a partir daí", continuou.

A menção faz referência à saída de Evandro Leitão do PDT. No dia 25 de agosto, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) recebeu uma carta de anuência para que pudesse deixar o partido sem correr o risco de perder o mandato, e, dessa forma, tocar sua pré-candidatura à Prefeitura de Fortaleza em 2024. Entretanto, o caso está na Justiça, já que o comando nacional da legenda não aceita a desfiliação.

Caso Evandro consiga deixar o PDT, PT e PSB são possíveis destinos. No entanto, o deputado teria questões a resolver tanto se permanecesse no PDT, quanto a partir da migração para outra sigla.

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