O "PDT precisa mais do PT" e aliança para 2022 está sujeita a "condicionamentos", diz José Guimarães

Deputado petista defende que as duas siglas se mantenham unidas, mas nomes para a sucessão de Camilo ainda não foram definidos e "mudanças" precisam acontecer

“O PDT precisa mais do PT”, declarou o deputado federal José Guimarães (PT) em entrevista ao programa Jogo Político desta terça-feira, 21. O parlamentar defende a manutenção da aliança entre os dois grupos políticos, que já perdura 16 anos, mas explica que apoio do Partido dos Trabalhadores ao nome pedetista indicado para a sucessão do governador Camilo Santana (PT) não será “automático” e está sujeito a condicionantes.

“Eu defendo a continuidade da aliança, evidentemente, com condicionamentos. Não tem candidato estabelecido porque, se tiver, o PT não participará como sujeito partícipe de uma aliança”, disse. O deputado indica que a discussão sobre candidaturas, em termos de PT, só deve ter início no final do ano.

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Contudo, prioridades no partido já foram estabelecidas: eleição de Camilo Santana para o Senado e vitória de Lula na disputa presidencial ainda no primeiro turno. Além de eleger deputados estaduais e federais para a construção de uma bancada “forte” petista tanto no Ceará como em Brasília.

A declaração contrasta com a fala do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) da semana passada. Em reunião do secretariado do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), o presidenciável declarou apoio “incondicional” à campanha de Camilo para o Senado Federal, e disse que a aliança com o PT, no Ceará, é desejada.

Guimarães não chega a descartar nenhum dos nomes já sugeridos pelo PDT para o governo do estado, mas destaca que a sigla petista também tem indicações de peso a fazer, e quer novidade na futura eleição.

No PDT, já estão cotados para a disputa estadual os nomes da atual vice-governadora Izolda Cela, do presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão, do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio e do secretário estadual de Planejamento e Gestão, Mauro Filho.

“Tem que estar zerado o jogo. Vamos sentar, discutir a aliança desejada no Ceará e que dará, para nós do PT, continuidade no trabalho do governador Camilo Santana”, ressalta.

O parlamentar cearense destacou que a disputa eleitoral pelo governo estadual, em 2022, deve manter o caráter nacional de polarização entre candidatos apoiados por Bolsonaro e pelo Partido dos Trabalhadores.

Guimarães demonstrou preocupação com o avanço do bolsonarismo no estado, caracterizado pelo desempenho do deputado federal Capitão Wagner (Pros) na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. A candidatura de José Sarto, apoiada pelo PT no segundo turno, venceu com uma diferença de menos de 45 mil votos.

Além disso, pelo estado, o grupo de Wagner, que agora afirma-se como aliado de Bolsonaro, ocupa as prefeituras de Caucaia, Maracanaú e Juazeiro do Norte, três dos maiores colégios eleitorais do Ceará.

“A candidatura vinculada ao Bolsonaro teve uma forte penetração em Fortaleza. Tem um peso no estado do Ceará. Nós precisamos levar muito em conta isso porque nós, do PT, vamos polarizar a eleição no Ceará”, preconiza.

O parlamentar ainda falou sobre as manifestações convocadas para o próximo dia 2 de outubro. Ele afirma que são atos a favor da democracia e pelo impeachment de Bolsonaro, e todos que estiverem em defesa dessas duas ideias estão convidados a participar. "A ideia do dia 2 é unir todos os democratas do país", sintetiza.

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