Brasileira segue desaparecida após cair em trilha de vulcão na Indonésia

Segundo a irmã de Juliana, o resgate ainda não conseguiu chegar até ela. A parente alertou que vídeos divulgados como sendo do resgate foram forjados

13:05 | Jun. 22, 2025

Por: Mateus Brisa
Juliana Marins realiza um mochilão pela Ásia desde fevereiro último e já passou por Filipinas, Vietnã e Tailândia, antes de alcançar a Indonésia (foto: Reprodução/Instagram @ajulianamarins)

A publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, segue à espera de resgate após ter caído enquanto fazia trilha ao vulcão Rinjani, na Indonésia, nesse sábado, 21. A irmã dela, Mariana, desmentiu neste domingo, 22, que Juliana havia recebido água, comida e agasalho das autoridades locais.

“Conversamos com pessoas no local e o que recebemos é que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou água, comida e agasalho para ela, conforme divulgado pelas autoridades indonésias e pela embaixada brasileira em Jacarta”, disse Mariana à Folha de S. Paulo.

Segundo a irmã, o resgate ainda não conseguiu chegar até Juliana. A mulher está desaparecida a mais de 36 horas. Imagens divulgadas até o momento não ajudam a localizá-la, pois ela teria se movimentado. Mariana acrescentou que é esperado o envio de um helicóptero para auxiliar o resgate.

Vídeos do resgate foram forjados

Em entrevista ao G1 Rio de Janeiro, Mariana alertou que vídeos divulgados como registros do momento do resgate de Juliana foram forjados: “Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, com essa mensagem associada a ele”.

A última vez em que Juliana foi vista foi por volta de 17h30min (horário local) do sábado, em registros feitos por turistas por meio de drone. Desde então, ela não foi mais localizada, segundo o G1 Rio de Janeiro.

As buscas por Juliana devem continuar neste domingo. Ontem, foram interrompidas devido às condições climáticas do local, que deixaram a montanha escorregadia, atrapalhando a equipe de resgate.

Como ocorreu o acidente e quem é Juliana

A trilha até o vulcão Rinjani — uma das principais atrações da Indonésia — teria duração de três dias e duas noites, de 20 a 22 de junho. Juliana teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo da trilha original.

Sozinha no momento do acidente, ela foi localizada por turistas, horas depois. Os turistas utilizaram um drone para encontrar Juliana.

Vídeos foram divulgados nas redes sociais, o que ajudou a informação da queda da jovem alcançar a família dela, no Brasil.

Juliana é natural de Niterói, dançarina de pole dance e formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela realiza um mochilão pela Ásia desde fevereiro último e já passou por Filipinas, Vietnã e Tailândia, antes de alcançar a Indonésia e o vulcão Rinjani.