Evandro não descarta discussão da tarifa zero para 2026

Evandro destaca discussão da tarifa zero para 2026 em Fortaleza: "Estou aberto a isso"

Prefeito destacou exemplo de Caucaia, que já adotou o modelo. Evandro afirmou ainda que apenas 9% dos passageiros da Capital pagam passagem do próprio bolso; 68% recebem vale transporte e 23% não pagam
Atualizado às Autor Kleber Carvalho Tipo Notícia

A discussão sobre tarifa zero no transporte público segue em andamento em Fortaleza. Em entrevista ao O POVO na manhã desta terça-feira, 16, o prefeito da Capital, Evandro Leitão (PT), afirmou que pretende pautar o assunto já no próximo ano. Em Fortaleza, atualmente, a gratuitade alcança 23% dos passageiros. 

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Conforme o chefe do Executivo Municipal, a base dessa discussão seria os exemplos de municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), como Caucaia e Maracanaú, que já implementaram o serviço. 

"Confesso que isso ainda é algo que me incomoda. Mesmo tendo uma fatia reduzida da população, de usuários que paga. Estamos iniciando uma discussão no Brasil e em Fortaleza, que é a questão da Tarifa Zero. [...] Estou completamente aberto a isso para que a gente possa aprofundar, possa abrir essa discussão", pontuou Evandro.

A discussão à nível nacional citada por Evandro se trata de um estudo solicitado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Ministério da Fazenda, para implementação da gratuidade em todo o País.

Em Fortaleza, a isenção total foi pautada em uma proposta de emenda ao novo Plano Diretor, aprovado no mês de novembro, feita pela vereadora Adriana Gerônimo (PSOL), que sugeriu a criação de um fundo municipal para o custeio das passagens. A pauta não foi agraciada na versão final do plano.

O prefeito também pontuou que do outro lado da negociação, a visão sobre a Tarifa Zero também é positiva, já que isso traria mais subsídios (dos governos federal e estadual) para as empresas de ônibus.

"O Sindiônibus é o primeiro interessado, porque quando você fala em tarifa zero, você está falando em subsídio dos entes. Isso é uma discussão que merece ser aprofundada. Particularmente, tenho uma posição de que a gente deve iniciar por segmentos. Aqui não está tão distante, porque só 9% paga. Obviamente que alguém vai ter que pagar essa conta. Isso tudo temos que sentar e dialogar", concluiu o gestor.

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