Incêndio no César Cals gera medo e incerteza entre familiares de pacientes
Curto-circuito na subestação de energia, na manhã desta quinta-feira, 13, provocou a evacuação de pacientes para outras unidades
Familiares de pacientes relatam medo e incerteza após o incêndio que atingiu parte do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) na manhã desta quinta-feira, 13. O fogo foi provocado por um curto-circuito na subestação de energia do hospital.
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Matheus Bezerra estava trabalhando quando soube do incêndio. A esposa dele acompanhava o filho de oito meses, que estava internado na unidade no momento em que as chamas começaram.
Em entrevista ao O POVO, Matheus afirmou estar nervoso, pois as ambulâncias estavam retirando apenas mães e bebês, deixando os acompanhantes aguardando do lado de fora.
Após o susto, mãe e filho foram transferidos para o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), no bairro Messejana. “Eu tô preocupado para saber como eu vou pra lá, porque ela é de menor”, disse Matheus.
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Ao todo, 117 bebês e 153 mulheres, entre gestantes e puérperas, estavam no HGCC e foram encaminhados para unidades da Rede Estadual e da Rede Municipal de Fortaleza.
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Dona Aparecida, avó de um dos bebês que estavam internados, conta que entrou em desespero quando recebeu a ligação da filha informando que o hospital estava pegando fogo.
“Cheguei aqui por volta de 13 horas, mas não quiseram me deixar entrar porque disseram que eu precisava ter algum de um documento dela — e eu não tinha. Aí o desespero só aumentou”, relata.
Apesar da tensão, ela conseguiu entrar e ver a filha e o neto. Dona Aparecida afirma que não poderá acompanhar a filha na transferência, mas as duas estão mantendo contato.
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De acordo com a secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara, a maior parte dos pacientes deve ser realocada para o Hospital Universitário do Ceará (HUC). Os hospitais Waldemar de Alcântara, da Mulher e o Gonzaguinha de Messejana também receberam bebês e parturientes provenientes do HGCC.