Cearenses do CV são identificados em lista de mortos em operação no Rio; confira

Cearenses do CV são identificados em lista de mortos em operação no Rio; confira

Balanço nominal das vítimas foi divulgado nesta sexta-feira, 31, pelo Governo do Rio de Janeiro. Criminosos do Estado tinham entre 24 e 34 anos
Atualizado às Autor Mirla Nobre Tipo Notícia

Quatro cearenses, identificados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), estão entre os mortos na megaoperação realizada nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. As vítimas tinham entre 24 e 34 anos.

A informação foi confirmada após a divulgação da relação dos nomes feita nesta sexta-feira, 31, pela Secretaria da Segurança Pública do Rio, segundo o g1.

Ao todo, 99 pessoas foram identificadas dos 117 suspeitos mortos. A operação aconteceu na terça-feira, 28, e seguiu até a quarta-feira, 29.

LEIA MAIS | Cearenses que moram no RJ relatam clima de medo durante operação: "Não conseguimos sair de casa"

Entre os cearenses identificados estão:

  • Luan Carlos Marcolino de Alcântara, o “Tubarão”, 24 anos,
  • Francisco Teixeira Parente, o “Mongo”, 30 anos, e
  • Josigledson de Freitas Silva, conhecido como “Gleissim” ou “Traquino”, 34 anos.

Um quarto nome ainda não foi confirmado.

O POVO apurou que Luan tinha forte atuação no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza. Ele é acusado de ser um dos responsáveis pela morte do policial militar Bruno Lopes Marques, no Pirambu. O crime aconteceu em fevereiro de 2024.

O segundo criminoso identificado, Francisco Teixeira Parente, o “Mongol”, tem antecedentes por homicídio, estelionato, furto e corrupção ativa. Ele é acusado de envolvimento em um homicídio contra o PM Heverton Gonçalves da Silva, 27, morto no Pirambu em setembro de 2022.

Já Josigledson, o “Traquina”, atuava no bairro Carlito Pamplona, na Capital. Ele respondia a um processo, na Justiça do Ceará, por integrar organização criminosa.

Quem são os mortos por megaoperação no RJ?

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curil, ainda informou que 78 dos mortos idnetificados tinham antecedentes criminais. Entre os crimes, estão homicídio e tráfico de drogas.

Do total dos identificados, 42 estavam foragidos da Justiça, sendo 39 de outros estados.

Eram 13 suspeitos do Pará, sete do Amazonas, seis da Bahia, quatro do Ceará, quatro de Goiás, três do Espírito Santo, um do Mato Grosso e um da Paraíba.

Lideranças cearenses do CV

Duas lideranças eram suspeitas de estarem entre os mortos, mas as identificações não foram confirmadas no balanço nominal dos óbitos.

LEIA MAIS | Criminosos do Ceará pagam "aluguéis" de R$ 100 mil por esconderijos no RJ

Havia as suspeitas das mortes de Carlos Mateus da Silva Alencar, o “Skidum” ou “Fiel”, liderança do CV no Pirambu, em Fortaleza, e Leilson Sousa da Silva, o “Lelê”, liderança do CV também no Pirambu. Ambos estavam foragidos na Comunidade da Penha.

Como O POVO mostrou as famílias dos mortos teriam embarcado na quarta-feira, 29, em voos para o Rio de Janeiro para o reconhecimento dos corpos. Os corpos dos criminosos mortos na operação devem ser encaminhados ao Ceará para velório e sepultamento.

Megaoperação no Rio

A megaoperação intitulada de Contenção superou o número de mortos do Massacre do Carandiru, registrado no ano de 1992 e que deixou 111 presos assassinados após a Polícia Militar de São Paulo ser acionada para conter uma rebelião ocorrida no presídio.

A ações policiais buscaram desarticular a facção criminosa com atuação de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar. Entre os objetivos, estavam o de cumprir cerca de cem mandados de prisão e 150 de busca e apreensão.

No dia posterior ao começo da operação, corpos foram encontrados na região de na Serra da Misericórdia após confrontos intensos com agentes militares. Os corpos das vítimas foram encontrados por moradores da região e colocados em trecho da Praça São Lucas, na Penha, para facilitar o reconhecimento.

Imagens retratando as dezenas de corpos levados por moradores das matas. Durante o momento, os moradores acusaram os policiais de terem cometido execuções extrajudiciais e outros abusos.

O Governo do Rio de Janeiro afirmou que a ação policial foi deflagrada após mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

 

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar