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Sete famílias ainda estão em prédio com risco de desabamento no Bairro de Fátima

O prédio chegou a ser interditado pela Defesa Civil nesta quarta-feira, 30. Conforme órgão, o risco de desabamento não é iminente. Na tarde desta quinta, 31, deverá sair relatório técnico sobre o local
12:15 | Out. 31, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Moradores do Edifício Modigliane, localizado na rua João Lobo Filho, bairro de Fátima, seguem preocupados com a situação estrutural do prédio, que ameaça desabar. Nesta quarta-feira, 30, a Defesa Civil interditou o local. Algumas famílias já deixaram o edifício, mas outros condôminos resistem à evacuação, mesmo com o alerta de risco. Parte dos moradores alegam não ter para onde ir caso saiam do Edifício Modigliane.

Segundo informações da Defesa Civil de Fortaleza, sete famílias ainda estão habitando o prédio, que corre “risco de desabamento não iminente”. Caso o risco seja constatado, o prédio realmente terá que ser evacuado totalmente. A empresa que administra o edifício, a Condus, tem 72 horas para se manifestar. Um relatório técnico deve sair na tarde desta quinta-feira, 31. Enquanto isso, moradores se mobilizam no local.

O POVO foi até o edifício nesta manhã e conversou com moradores que ainda estão na área.

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“Ele é muito antigo, tem cerca de 40 anos de existência e nunca passou por uma reforma estrutural com engenheiro especializado, com empresa que entenda do serviço”, denuncia Alexandre Rodrigues. Ele é filho de um casal morador do primeiro andar do Modigliane, que possui 18 apartamentos. “Foi acumulando e deu no que deu. O prédio está todo comprometido. Se for entrar em cada apartamento tem rachadura, tem infiltração”, reforça.

Alexandre não mora no prédio, mas está preocupado com a situação da mãe, Marta Maria Rodrigues, de 70 anos, que também denuncia a negligência. “Pessoal pensava que não ia ter problema sério, chegar nesse ponto de ficar para cair”, conta. Segundo Marta, o problema ficou mais evidente quando uma coluna foi comprometida. “Mexeram na coluna e, nessas batidas, rachou o apartamento aqui de cima. Aí, o dono desceu correndo dizendo: Dona Marta, o prédio vai cair. Ficou todo mundo em pânico”, lamenta a moradora.

Atualmente, quem administra o Edifício Modigliane é a empresa Condus. Anteriormente contatada pelo O POVO, ela enviou documentos, como laudo de vistoria técnica datado de 2017. Ela não explicou o porquê da demora em reparar os danos. Antecipou porém, que orçamento já havia sido aprovado para nova inspeção, realizada desde a última segunda, dia 28. Um engenheiro iria ser enviado pela empresa na tarde da quarta, 30, mas, conforme o coordenador da Defesa Civil, Luciano Agnelo, o engenheiro não apareceu.

Jaime Coelho, um fisioterapeuta que há três anos atende um idoso do edifício, no apartamento 502, conta que ele chegava a comentar sobre a situação do prédio, principalmente após o episódio do Edifício Andréa. Jaime soube do risco de desabamento pelo rádio. “Liguei para falar com ele (paciente) e ele disse que teve mudar para a casa do filho. Foi uma surpresa. Saíram ontem à noite. Ele me disse que desceu pelas escadas. Ele usa cadeira de rodas, mas desceu com as próprias pernas”, conta Jaime.

> Moradores abandonam prédio no Bairro de Fátima por medo de desabamento

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