Laudo técnico sobre prédio com risco de desabar em Fortaleza deve sair até segunda, 4 de novembro
O Edifício Modigliane fica no Bairro de Fátima e já foi interditado pela Defesa Civil. Até a manhã desta quinta-feira, 31, sete famílias seguiam no local
Interditado pela Defesa Civil nesta quarta-feira, 30, o laudo técnico do Edifício Modigliane deve sair até a próxima segunda, 4 de novembro. As informações são do coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, Luciano Agnelo, que visitou o local no fim da manhã desta quinta-feira, 31. "Estamos verificando mais algumas tipologias que a gente está conseguindo identificar e até segunda-feira deveremos ter um laudo completo, um relatório de vistoria completo, mostrando como está a situação, inclusive com a notificação ao síndico", explica Luciano.
Ainda na quarta, 31, a partir das 17 horas, a Defesa Civil já havia iniciado vistorias em alguns apartamentos, a exemplo do 101, 501 e 603. Ao todo, são 18 unidades no Edifício Modigliane. "Realmente encontramos, em alguns casos, algumas situações que precisariam ter um cuidado maior em relação ao prédio. Então, em comum acordo com os moradores e vendo que a situação é precária, nós utilizamos do nosso poder de intervenção e fizemos a interdição do prédio", conta o coordenador.
Alguns moradores ainda estão no prédio. Eles tiveram que assinar um termo de responsabilidade. Pelo menos sete famílias ainda estão no local. Na manhã desta quinta-feira, o órgão retornou ao local, em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea) para realizar uma vistoria mais minuciosa. "Estamos fazendo metade do prédio. Até o fim da tarde, devemos concluir toda essa parte de vistoria para depois, com a equipe, fazer relatório e ver o que pode ser feito pela frente".
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AssineO POVO foi até o edifício nesta manhã e conversou com moradores que ainda estão na área.
Quem administra o Edifício Modigliane é a empresa Condus. Anteriormente contatada pelo O POVO, ela enviou documentos, como laudo de vistoria técnica datado de 2017, mas não explicou o porquê da demora em reparar os danos. Antecipou porém, que orçamento já havia sido aprovado para nova inspeção, realizada desde a última segunda, dia 28. Um engenheiro iria ser enviado pela empresa na tarde da quarta, 30, mas, conforme o coordenador da Defesa Civil, o especialista não apareceu.
Luciano também comentou que havia interesse dos condôminos em fazer manutenção e inspeção predial no edifício. "Iniciaram logo com a manutenção, por isso a preocupação dos moradores com as colunas. A gente cita o caso do edifício Andrea, que ocorreu da mesma forma", diz Agnelo. Somente após a vistoria completa, a Defesa Civil poderá dizer a situação real da estrutura do edifício.
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