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Vídeo mostra PM tentando correr e sendo baleado nas costas por policial da CGD

O POVO Online enviou o vídeo a um perito que identificou irregularidades na abordagem

Vídeo de câmeras de segurança flagrou a operação da Controladoria Geral de Disciplina (CGD) no momento em que policial militar investigado tenta correr e é baleado nas costas por agente da Delegacia de Assuntos Internos (DAI).

É possível verificar no vídeo que que o policial investigado tenta correr e é baleado pelas costas.  O POVO Online teve acesso ao vídeo nesta quinta-feira, 22, e enviou o material a um perito, cujo nome será preservado.

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"Ele não aparenta ter sacado a arma", afirma o perito. O veículo usado parece, segundo ele, ser um Corolla, mas a informação não é confirmada.

Sobre a maneira da abordagem, o perito afirma que, em uma troca de tiros, pode acontecer de o policial atirar enquanto o criminoso corre. No entanto, as imagens mostram que o policial investigado por extorsão não apontou arma para os agentes da Controladoria.

Na tarde da última quarta-feira, 22, a CGD divulgou uma nota negando as denúncias que surgiram nas redes sociais que apontavam a abordagem como irregular. O órgão afirmou que não foi utilizado o veículo Corolla na operação e que o policial investigado apontou uma arma para os policiais.

O caso 

A abordagem aconteceu na terça-feira, 20, após denúncia da vítima da suposta extorsão, que estava recebendo ameaças. As equipes da Delegacia de Assuntos Internos (DAI) foram encaminhadas ao local e flagraram a extorsão. Depois que a vítima entregou o valor exigido, o policial investigado foi baleado. A CGD afirmou, em nota, que o policial estava com a arma de fogo em punho e que virou em direção ao policial da DAI.

Depois que foi lesionado, o agente investigado identificou-se como policial militar e afirmou aos policiais da CGD que respondia procedimento na Controladoria. Ele foi socorrido e encaminhado a unidade hospitalar em uma viatura da DAI. Os outros envolvidos fugiram do local, conforme a CGD.

CGD divulgou, em nota, um cronograma do caso 

13 de agosto - Por volta das 15 horas, a vítima foi abordada por homens que se identificaram como policiais. Em depoimento, a vítima informou que foi sequestrada e conduzida até uma casa no município de Maracanaú. Ao chegar ao local, os agentes informaram que eram policiais e teriam sido pagos para assassinar a vítima. No entanto, caso esta não quisesse morrer, teria de pagar a quantia de R$ 100 mil reais. Ao ser liberado pelos supostos policiais, a vítima procurou um amigo policial e relatou o ocorrido. Este, porém, orientou a procurar os agentes da inteligência da Polícia Militar, que, por sua vez, encaminhou o caso a Controladoria Geral de Disciplina.

14 de agosto - A vítima procurou a Controladoria Geral de Disciplina e denunciou o ocorrido. Foi instaurado um procedimento para investigar a denúncia. Diligências foram realizadas a fim de identificar os envolvidos.

16 de agosto - Por meio de mensagens no Whatsapp, a vítima recebeu novas ameaças de morte exigindo o pagamento, desta vez estendida também aos seus familiares. Neste dia, equipes da CGD/DAI tentaram flagrar o pagamento da extorsão, mas não obteve sucesso.

20 de agosto - Novas ameaças exigindo o pagamento são realizadas e os supostos policiais marcaram um encontro para pagamento da extorsão. A ação foi comunicada a equipe da Delegacia de Assuntos Internos (DAI/CGD), que surpreendeu o policial logo após ter ido buscar o dinheiro fruto da extorsão à vítima. Após, foi lavrado o flagrante.

Vídeo 

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) corrobora informação anteriormente prestada no sentido de que foram adotadas as providências necessárias à apuração do fato, tendo, inclusive, sido remetido ao Ministério Público a ciência do ocorrido, oportunidade em que foi requerido que este apure a regularidade da intervenção policial e o acompanhamento do inquérito policial que investiga o crime de extorsão.

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