Greve dos caminhoneiros: paralisação ocorre nesta quinta-feira, 4

Greve dos caminhoneiros: com categoria dividida, paralisação foi marcada para esta quinta-feira, 4

Diferentemente da greve que ocorreu em 2018, o ato deste ano divide opiniões dentro da própria categoria que afirma que não ocorrerá paralisação
Atualizado às Autor Isabella Pascoal Tipo Notícia

Uma paralisação de caminhoneiros está prevista para acontecer nesta quinta-feira, 4. Diferentemente da greve realizada em 2018, motivada pela alta no preço dos combustíveis, o movimento deste ano ocorre em meio a divergências dentro da própria categoria.

Ao O POVO, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descarta qualquer movimento no Ceará. Em nota, afirma que não há registro nem previsão de manifestação ou paralisação de caminhoneiros no Estado.

Na última terça-feira, 2, o ato grevista foi protocolado junto à Presidência da República com o acompanhamento do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e advogado Sebastião Coelho.

“Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação que vamos iniciar a partir do dia 4 de dezembro. Doutor Sebastião Coelho estará conosco, nos acompanhará”, afirmou Chicão Caminhoneiro, líder do movimento e representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, em vídeo divulgado nas redes sociais ao lado do jurista.

Segundo Chicão, o objetivo principal da paralisação é a defesa da classe trabalhadora da estrada, que enfrenta, segundo ele, graves dificuldades financeiras e econômicas.

O líder ressalta que o movimento tem caráter apolítico e está voltado exclusivamente para a sobrevivência da categoria.

Sobre a organização do movimento, Chicão explica que a legalidade jurídica já foi garantida, mas a execução será orgânica, com cada grupo decidindo a forma de adesão, seja permanecendo em casa ou se reunindo em pontos de apoio com infraestrutura mínima.

Apesar de reconhecer os prejuízos às empresas de um dia sem faturamento, o caminhoneiro justifica a mobilização ao afirmar que, atualmente, trabalhar, muitas vezes, gera mais passivos, como desgaste de insumos e manutenção, do que retorno financeiro.

Por fim, o líder faz um apelo à união da categoria e ao cumprimento das leis, pedindo que os manifestantes não impeçam o direito de ir e vir da população para que o protesto mantenha sua legitimidade constitucional.

Entretanto, apesar do movimento, o ato está dividido. Caminhoneiros se manifestam por meio das redes sociais, afirmando que o autoproclamado líder não os representa e que não ocorrerá a paralisação.

Principais demandas da greve dos caminhoneiros

Entre as principais reivindicações dos caminhoneiros estão a defesa e valorização da categoria.

O movimento afirma que a pauta da categoria é "densa" e que a luta é por condições mais justas de trabalho. Segundo o organizador, trata-se de buscar soluções para uma classe que, nas palavras do próprio líder, está “morrendo trabalhando”.

Além da sustentabilidade financeira e remuneração adequada. Muitos caminhoneiros relatam jornadas de 17, 18 ou até 20 horas por dia para conseguir arcar com as despesas básicas.

Segundo ele, a remuneração atual é insuficiente, obrigando a ampliação excessiva da carga horária.

Outro ponto destacado é a necessidade de construir uma base mais sólida de condições de trabalho, que ofereça maior segurança e estabilidade à categoria.

Os caminhoneiros também pedem sensibilidade do Governo para abrir diálogo e buscar soluções que minimizem os problemas enfrentados no dia a dia da profissão.

Caminhoneiros convocam greve em todo o país para esta quinta-feira | O POVO NEWS

 

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