Nápoles, a cidade construída sobre dois vulcões adormecidos que podem entrar em erupção

Os napoletanos convivem com a ameaça de dois grandes vulcões que podem varrer a cidade; veja imagens

Imagina viver em uma cidade construída, não sobre um, mas dois vulcões adormecidos que podem explodir a qualquer momento. O que mais parece com um roteiro de filme, é, na verdade, o cotidiano de moradores de Nápoles, cidade do sul da Itália, que convivem com os supervulcões.

Conhecida mundialmente por ser a cidade criadora da pizza, por volta dos anos 1.700, pela história, belezas naturais e a música, Nápoles também tem um ritmo geológico que a distingue de outros lugares.

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Na cidade italiana, os napoletanos convivem com a ameaça de dois grandes vulcões que podem varrer a cidade: o Vesúvio, conhecido por ter destruído Pompeia e Herculano e o Campos Flégreos, uma área sismicamente ativa, sem a presença de um vulcão montanhoso.

Vulcão Vesúvio, o vulcão adormecido, conhecido pela destruição de Pompeia

O Vesúvio está localizado na Ilha da Sicília, a cerca de nove quilômetros a leste de Nápoles, com 1.281 metros de altitude e aproximadamente 400 mil anos. Sua explosão mais violenta - e famosa - ocorreu em agosto de 79 d.C.

A lava destruiu as cidades de Pompeia e Herculano, matando por asfixia ou soterrados, os cidadãos. A última erupção ocorreu em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, e, desde então, permanece adormecida. Entretanto, ele não pode ser considerado extinto.

Vulcão Campi Flegrei entrou em erupção pela última vez em 1538, mas corre risco de nova erupção

Embora o Vesúvio seja o mais conhecido e imponente, ele não é o único que preocupa os moradores e autoridades da região.

O vulcão Campi Flegrei, ou Campos Flégreos, não mostra sua ameaça pelos paredões montanhosos ou um "cone" visual, como comumente são conhecidos. Isso porque, abaixo da cidade, há uma enorme "caldeira", que entrou em colapso há milhares de anos e tem de 12 a 15 quilômetros. A formação geológica está localizada a menos de 50 quilômetros do Vesúvio.

A constância de terremotos na região, densamente povoado por vilas, que abriga 800 mil pessoas, faz com que ele seja um dos mais perigosos da Europa.

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Como medida preparatória para uma eventual evacuação iminente, as autoridades dividiram a cidade em zonas, sendo a "zona vermelha" designada para os locais de maior risco, onde a evacuação poderá ser necessária caso a ameaça de uma erupção aumente.

De acordo com a agência de proteção civil italiana, cerca de 500 mil pessoas vivem nessa "zona vermelha", uma área que abrange por volta de 18 cidades, onde ocorre o maior risco de erupção.

Sua última grande explosão, ocorrida em 1538, resultou na formação de uma nova montanha na baía. Embora seja desafiador prever com precisão uma erupção vulcânica nesse local, especialistas temem que a atividade vulcânica esteja próxima de ocorrer.

 

Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV), que monitora a região, a atividade sísmica tem se intensificado. Em 2023, por exemplo, o Campi Flegrei registrou mais de 3.450 tremores de terra.

"As pessoas não têm consciência de que caminhamos diariamente sobre um vulcão, de que estamos dentro de um vulcão", disse o geólogo Vincenzo Morra, da Universidade de Nápoles Federico II, que vive e trabalha no vulcão.

Confira imagens de Nápoles, a cidade construída sobre dois vulcões 

 

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