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"É prematuro", diz presidente do Sindicato dos Atletas do Ceará sobre volta do futebol em maio

Marcos Gaúcho, presidente do Safece, espera que não haja decisões precipitadas neste momento de crise e relata preocupação dos atletas
16:55 | Abr. 29, 2020
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

Mescla de cautela e ansiedade. Os jogadores do futebol cearense acompanham com atenção e preocupação os movimentos dos clubes e das entidades sobre as possibilidades de retorno do esporte em maio. Mantendo contato frequentes com os profissionais da bola, o presidente do Sindicato dos Atletas do Ceará (Safece), Marcos Gaúcho, espera que não haja decisões precipitadas neste momento de crise.

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"Acho que tem que ter cautela. É prematuro. Uma vida vale muito mais que mil gols. Se o futebol volta em maio, quem assina se responsabilizando?", questionou.

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O sindicalista explica que os jogadores estão ansiosos para o retorno pela questão financeira, mas preocupados com a possibilidade de contaminação do coronavírus.

"Eles querem resolver o quanto antes porque reflete no lado financeiro, principalmente aqueles que jogam em divisões menores. Mas há uma preocupação grande quanto à saúde. O atleta não se preocupa só com ele, mas também com os familiares, pessoas de risco."

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Marcos Gaúcho diz ainda que a classe está assustada com as perspectivas diante do posicionamento do Comitê Médico da Fifa, que sugeriu volta do esporte apenas para setembro. O presidente do Sindicato explica que nem todos os clubes terão condições de seguir o protocolo de segurança da CBF. "Temos dois, três clubes cearenses dos oito (na segunda fase do Campeonato Cearense) com condições de seguir o protocolo diante do custo. Será que o Barbalha tem condições? Quem pagará os testes? Repito: é preciso ter cautela."

Há um grupo no WhatsApp com representantes do sindicatos e de atletas dos oito clubes da segunda fase do estadual. Entre os jogadores, estão Marcelo Boeck e Osvaldo, do Fortaleza; Ricardinho e Fernando Prass, do Ceará; Erandir, do Caucaia; e Daniel, do Atlético-CE.

"Nós conversamos sobre o assunto. Ninguém quer se precipitar com posicionamento. Mas há sentimento de cautela, estão acompanhando os protocolos, as matérias", afirma.

No Estado, apenas Ceará e Fortaleza já se manifestaram sobre adquirir testes de detecção do coronavírus. Os presidentes dos dois clubes, Robinson de Castro e Marcelo Paz, vão aguardar a posição do Governo do Estado sobre o isolamento social no próximo decreto para definir retorno.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) articula a volta dos jogos dos estaduais no fim de semana de 16 e 17 de maio e deu o aval aos clubes para que retomem as atividades a partir do dia 1º de maio, quando encerra o período de férias coletivas dos jogadores.

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