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Marcelo Paz detalha balanço de abril e ações para enfrentar a crise: "perdeu muitas receitas"

A diretoria do Tricolor do Pici tem trabalhado intensamente e buscado alternativas para enfrentar a crise
17:17 | Abr. 27, 2020
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

Inúmeras reuniões, queda no número de sócios, perda de receitas, suspensão de contratos e cortes de fornecedores. O mês de abril do Fortaleza Esporte Clube, completamente paralisado em meio à pandemia do coronavírus, trouxe impactos financeiros consideráveis. A diretoria do Tricolor do Pici tem trabalhado intensamente e buscado alternativas para enfrentar a crise.

Em entrevista exclusiva ao FutCast (episódio vai ao ar nesta quinta-feira, 30), podcast do O POVO, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, fez um balanço do período e contou ações de enfrentamento às crises sanitária e econômica. Entre elas, promoções de produtos licenciados que alavancaram as vendas virtuais do clube, fruto do trabalho dos setores comercial e marketing, além de descontos de até 40% no programa de sócio-torcedor.

O e-commerce do Leão do Pici vendeu mais de R$ 200 mil nos dias 11 e 12 de abril, fim de semana que marcou a retomada da ferramenta de comércio virtual com promoção exclusiva para sócios de até 50%. O Tricolor lançou também a série "Primeira Vez na América", no último sábado, 25, sobre a estreia da equipe em uma competição internacional diante do Independiente-ARG, como ação para arrecadar fundos para a rede de proteção ao funcionário. O seriado tem três episódios, com 25 minutos cada, e a assinatura custa R$ 14,99.

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"Mês sem nenhuma atividade. Todo mundo em casa. Férias coletivas. Parte comercial do clube teve momento mais ativo, promoção que gerou receita de R$ 500 mil. Não é lucro, é receita e ajuda nesse período. Transformamos estoque em dinheiro", comemorou o mandatário tricolor.

O clube fechou acordo de redução salarial com o elenco e deu férias em abril. Além disso, a diretoria fez uso da medida provisória 936 para suspender contratos de 170 colaboradores, evitando demissões e projetando economia de R$ 300 mil.

"A medida visa garantir os empregos e salários e a estabilidade. Ninguém perdeu dinheiro, nem o emprego. É algo para proteger o funcionário do Fortaleza. Participamos de muitas reuniões a nível nacional, de retorno, férias, de que medidas tomar, expectativa de calendário. E também muitas reuniões locais, internas, da diretoria, seja com grupos específicos ou com a diretoria inteira, tentando achar soluções, caminhos para superar crise."

Apesar dos esforços para movimentar o caixa, o Fortaleza sofreu impactos na receita em todos os setores. Deixaram de entrar nos cofres da agremiação esportiva ou tiveram queda na arrecadação cotas de competição e de transmissão de TV, patrocinadores, programa de sócio-torcedor, área comercial e bilheteria.

"O clube perdeu muitas receitas. Tiveram patrocinadores que deixaram de pagar. O jogo em si, que não é só bilheteria, tem bar, estacionamento, camarote. Houve uma queda acentuada no número de adesões do sócio-torcedor no mês de abril e alguns cancelamentos", explicou o dirigente.

Marcelo ressalta que o clube não possui dívidas, mas também não esbanja sobra no caixa para permanecer sem atividades por tempo mais longo. O Fortaleza é um clube organizado financeiramente, como mostrou o próprio balanço da temporada de 2019, quando teve o maior superávit da história. Entretanto, necessita do calendário do futebol para movimentar os cofres e manter a saúde econômica.

“Temos uma diretoria competente e criativa, setores consolidados, que nesse período de dificuldade estão achando soluções para trazer algum dinheiro. Mas não posso dizer aqui que o Fortaleza vai ficar três, quatro meses com esse nível de receita e sair disso sorrindo. Ninguém se planejou para um período como esse", disse o presidente tricolor.

Renegociação com jogadores

O Fortaleza tem acerto salarial com os jogadores do elenco profissional referente ao período de março e abril. Segundo Marcelo Paz, o clube vai realizar uma nova negociação com os atletas para o mês de maio.

"O acordo vigora até o dia 30 de abril. A gente deve sentar e conversar novamente mediante o cenário. Hoje ainda não tem nada previsto sobre treino. Para maio, devemos ter nova conversa."

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