Médicos cearenses protestam contra condução da pandemia e cobram medidas

No Dia Mundial da Saúde, um grupo de quatro médicos foram ao cruzamento das avenidas Antônio Sales e Rui Barbosa para reivindicar a adoção de políticas promovam o isolamento social e ajudem no combate da pandemia

Grupo de médicos cearenses se manifestou na noite desta quarta-feira, 7, em virtude do momento atual da pandemia e a condução da crise na saúde pelo governo federal. Entre as principais demandas, os profissionais cobram maior celeridade da vacinação, auxílio emergencial de pelo menos R$ 600 e distribuição de máscaras PFF2 e cestas básicas para a população. O protesto aconteceu no cruzamento das avenidas Antônio Sales e Rui Barbosa.

A médica Liduina Rocha, integrante do Coletivo Rebento, ponderou sobre a necessidade de cobrar medidas que promovam o isolamento social. Ela considerou ainda que o atual momento epidemiológico é consequência de uma “escolha política” da administração federal, especialmente com a disponibilidade da vacina, de acordo com a médica. 

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“É nosso dever ético continuar trazendo a comunicação correta. Enfatizando que não existe tratamento precoce e deixar claro que não existe dicotomia entre a vida e a economia. Precisamos cobrar que vacinas sejam realidade para toda a população, porque enquanto isso não acontecer novas ondas (do vírus) virão. As mortes estão acontecendo em uma velocidade maior do que os modelos estatísticos estão prevendo”, pontuou.

 

Em live nesta noite, o governador Camilo Santana (PT) reclamou da demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberação da vacina Sputnik V, a qual o Estado adquiriu diretamente 5,87 milhões de doses. Ele lamentou que a agência esteja “retardando” a chegada do imunizante ao Estado e cobrou mais agilidade.

“A Sputnik é uma vacina que está comprovada com estudos científicos com 93% de eficácia e é aplicada em 58 países, milhões de pessoas já foram vacinadas”, considerou Camilo. O chefe do Executivo estadual lembrou ainda da resolução da Anvisa que regulamenta a importação de vacinas sem registro sanitário ou autorização no Brasil. A medida fixa o prazo de sete dias para a Anvisa decidir sobre a aprovação temporária.

Liduína ressaltou que, caso houvesse a quantidade necessária de vacinas necessárias, seria possível realizar uma vacinação em massa, devido à “imensa capilaridade” do sistema de saúde brasileiro. Em 2019, por exemplo, a meta do Ceará era vacinar mais de dois milhões de pessoas contra a Influenza em cerca de dois meses.

A manifestação desta noite aconteceu no Dia Mundial da Saúde e reuniu um grupo de quatro médicos do Estado, todos vacinados e respeitando os protocolos sanitários preconizados por especialistas e autoridades públicas.

Nesta quarta-feira, o número de pessoas vacinadas com pelo menos uma das doses contra a Covid-19 no Ceará chegou a 1.012.097. Já em relação à segunda dose, que garante proteção mais efetiva contra o vírus, mais de 248 mil foram imunizados. Das vacinas distribuídas para a primeira aplicação, 97,4% já foram utilizadas no Estado. Alguns municípios, como Fortaleza, começaram a utilizar o estoque da segunda dose para a primeira vacina a partir dessa terça.

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