Motoristas pedem vacina em paralisação no Terminal do Siqueira

Motoristas de ônibus realizaram uma paralisação no Terminal do Siqueira entre 15h e 16 horas dessa terça-feira, 30, reivindicando vacinação da classe contra a Covid-19. Um caixão e alguns cartazes com fotos de motoristas vitimizados pela doença foram exibidos durante o ato. A paralisação foi encabeçada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro).

O diretor da entidade, Edweyne Martins, relata que a paralisação foi motivada, também, pela “dupla função” exercida por alguns motoristas, que também atuam no recebimento de passagens e, devido à interação com dinheiro e com os passageiros, estão mais vulneráveis ao coronavírus.

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Uma terceira razão para os protestos desta tarde foi a mudança na empresa prestadora de plano de saúde para os trabalhadores da classe. Os custos são divididos pela metade entre os contratantes e os empregados. Segundo o diretor do Sintro, a nova prestadora “não dá suporte. É um plano minguado que encurralou nossa categoria e nossos dependentes”.

Apesar de a maioria dos passageiros utilizar máscaras, o respeito ao distanciamento social é dificultado pela superlotação, argumenta Edweyne. Ele associa isso ao nível reduzido das frotas de ônibus. Em entrevista à Rádio O POVO/CBN, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, explicou o funcionamento das frotas de acordo com os horários de pico.

Edweyne reflete que “com certeza a nossa categoria tem medo de se contaminar e levar o vírus para seus familiares”. Apesar de não ter sido realizado um levantamento concreto ainda, ele calcula que “a cada três dias morre um companheiro da categoria. Nos cartazes [durante a paralisação de hoje], tinha na medida de 20 [motoristas homenageados], mas o número é maior”.

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