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Relembre como estava a pandemia no Ceará e no Brasil no início do decreto de isolamento social; o que mudou?

O decreto de isolamento social foi publicado em 19 de março. À época, o Ceará registrou 24 casos confirmados da Covid-19
14:52 | Ago. 17, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Há cinco meses, foi publicado decreto estadual que oficializou o início da quarentena no estado do Ceará, como medida de prevenção ao avanço da pandemia do novo coronavírus. À época, quando o decreto de isolamento social entrou em vigor, no dia 19 de março, O POVO noticiava que o Ceará havia alcançado 24 casos confirmados da Covid-19 e 908 casos suspeitos. O primeiro óbito foi notificado setes dias depois da publicação, em 26 de março.

Também na última semana de março, a Capital teve uma média de 180 casos confirmados da infecção. Entre o início de abril e meados de maio, esse índice disparoum e Fortaleza chegou a registrar uma média móvel de 890 confirmações da doença. Agora, em agosto, o Município consolidou a tendência de achatamento da curva, com redução no número de óbitos e queda no número de casos confirmados. 

Conforme o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o número de reprodução efetivo (RT) no Ceará está abaixo de 1,0. Ou seja, uma pessoa poderia transmitir a infecção para menos do que outra. Entretanto, as regiões de saúde do Litoral Leste/Jaguaribe, Sertão Central e Cariri estão com índice em torno de 1,0, o que pode indicar a manutenção das cadeias de transmissão e continuação da epidemia.

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Enquanto isso, Fortaleza, que está em situação de achatamento da curva, permanece em etapa mais a frente da flexibilização das atividades econômicas. Já as cidades interioranas avançam em fases anteriores do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais do Estado do Ceará. Nesta segunda-feira, 17 de agosto, o Estado contabiliza 197.862 mil confirmações de infectados e 8.137 mortes por Covid-19.

Crise na saúde em cenário nacional

Enquanto os casos da infecção aumentavam exponencialmente em todo o Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, acusava governadores de serem "exterminadores de empregos", pela implementação da quarentena, como medida de contenção ao avanço do coronavírus. 

Para Bolsonaro, a Covid-19 iria causar menos mortes que a H1N1, doença que vitimou mais de 800 pessoas, em surto ocorrido em 2009. O Brasil, contudo, já registra 107.852 óbitos na pandemia do novo coronavírus. Segundo a última atualização, divulgada no domingo, 16, às 18 horas, são 3.340.197 confirmações da Covid-19. Enquanto isso, o País segue sem ministro da saúde há três meses, desde que o oncologista Nelson Teich deixou o cargo, em 15 de maio.

O médico tornou-se ministro logo após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, em 16 de abril. A demissão veio após uma série de discordâncias entre Mandetta e Bolsonaro, em relação a forma com que o ex-titular da Saúde conduzia a pasta, apoiando medidas como isolamento social, criticado pelo presidente desde o início da crise na saúde.

Sintomas, vacinas e medidas de prevenção

Pesquisadores e cientistas em todo o mundo continuam a avançar nos estudos sobre o comportamento do novo coronavírus em nosso organismo. Por se tratar de uma doença nova, ainda há muito para ser descoberto sobre a Covid-19. Entretanto, já conhecemos mais sobre a infecção do que nos últimos seis meses desde que ela chegou ao Brasil.

Novos sintomas da doença foram reconhecidos pela comunidade internacional. O que começou com problemas respiratórios, já abrange síndromes que vão além dos pulmões, como complicações nos rins e até Acidente Vascular Cerebral (AVC).  Também foi identificada uma síndrome de inflamação multissistêmica provocada pelo vírus, que atinge principalmente crianças

Já as medidas de prevenção, são as mesmas orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o surto ainda era considerado uma epidemia. A higienização das mãos, o distanciamento social, a permanência breve em espaços fechados e com pouca ventilação, são algumas das orientações.

O que mudou foi a recomendação para o uso de máscaras, recurso em risco de escassez no início da emergência na saúde pública. Com a flexibilização do isolamento social no Ceará, ela tornou-se equipamento de proteção obrigatório, que pode até levar a sanção, em caso de descumprimento da lei.

Ainda não há vacina para a imunização contra o coronavírus. Entretanto, só em abril já havia mais de 100 projetos registrados no mundo. Entre os mais avançados, está a vacina da Universidade de Oxford, que alcançou a última fase de testes clínicos. O medicamento tem licenciamento previsto para os próximos quatro meses, desde que comprovado a eficácia e a segurança do produto.

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