Atriz que viveu personagem com câncer tem diagnóstico de linfoma

Atriz Dani Gondim, que viveu personagem com câncer, é diagnosticada com linfoma

Após dar vida à jornalista Marina Alves no filme "Milagre do Destino", a atriz cearense compartilhou ter um câncer que afeta o sistema linfático
Atualizado às Autor Sofia Herrero Tipo Notícia

A atriz cearense Daniela Gondim revelou neste sábado, 29, que foi diagnosticada com linfoma no mediastino, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático.

A notícia foi recebida apenas alguns meses após ela estrelar o longa “Milagre do Destino”, lançado em fevereiro deste ano.

No filme, Dani deu vida à jornalista Marina Alves, que enfrentou um linfoma linfoblástico de células T.

No vídeo publicado no Instagram, Gondim fez a revelação em um relato, enquanto aparecia raspando o próprio cabelo.

“A arte imita a vida, disso eu nunca tive dúvidas, mas, e quando a vida imita a arte? O que se tem para aprender?”, indagou.

Na legenda, Dani contou que descobriu a doença devido a uma tosse persistente.

“O que parecia ser uma simples tosse, acabou sendo um linfoma no meu mediastino, com um tamanhozinho expressivo. Isso dava uma pressão nos meus pulmões, o que me causava tosse, falta de ar”, contou.

Diferentemente do papel vivido nas telas, o transplante não era uma opção, e, no momento, a atriz relata já ter iniciado o tratamento quimioterápico.

“Por conta da região do meu câncer, eu não tive muita alternativa no tratamento. Tomo doses cavalares de quimioterapia, o que vai deixar o processo mais curto, porém com efeitos colaterais mais rápidos e intensos. Ontem eu estava bem, hoje eu estou careca”, complementou.

Relembre a história real de “Milagre do Destino”

A história do filme estrelado por Daniela acompanha Marina Alves. A jornalista foi diagnosticada em agosto de 2021 com um linfoma linfoblástico de células T, um tipo de câncer grave que destrói as células de defesa do organismo.

Logo depois da descoberta, ela foi internada para iniciar o tratamento com sessões de quimioterapia. Cerca de um mês depois, Marina soube que precisava de um transplante de medula óssea.

Nesse processo, ela descobriu a existência de uma irmã, fato que trouxe um novo sentido ao tratamento devido à possível compatibilidade para o transplante.

A história das duas passou por diversos encontros e coincidências, sobretudo quando Marina se internou no mesmo hospital onde Lumara trabalhava como técnica de enfermagem no banco de sangue.

Com direção de Alexandre Klemperer, o longa está disponível no Globoplay.

Após a estreia da obra, em fevereiro, Dani participou de uma campanha nacional, em março, incentivando a doação de sangue e medula.

Na publicação de Dani Gondim realizada na manhã deste sábado, 29, Marina Alves manifestou seu carinho pela atriz que interpretou sua história:

“Dani, chegou a hora do seu ‘milagre do destino’. Deus te abençoe e te dê serenidade durante o processo”, escreveu a jornalista.

Leia o texto completo de Dani Gondim

A arte imita a vida, disso eu nunca tive dúvidas, mas e quando a vida imita a arte, o que se tem para aprender?

Há um ano fui chamada para trabalhar no filme “Milagre do destino”, baseado na história da repórter Marina Alves, sua luta contra um câncer e os milagres que aconteceram durante o tratamento.

O filme estreou em fevereiro desse ano e em março fizemos uma campanha nacional incentivando a doação de sangue e medula: um sucesso.

Alguns meses depois, a batalha que na arte retratei, começou a fazer parte da minha vida.

Hoje tenho um câncer para chamar de meu. Pegou vocês de surpresa, né? Me pegou também.

O que parecia ser uma simples tosse, acabou sendo um linfoma no meu mediastino… com um tamanhozinho expressivo… isso dava uma pressão nos meus pulmões, o que me causava tosse, falta de ar, mas nada, absolutamente nada que me preocupasse… são tempos de vento em Fortaleza e as crises alérgicas, sempre foram comuns nessa época do ano.

Foi pela insistência do meu eterno pediatra, vulgo Tio Lício, que eu fiz um Raio-x do tórax e depois do susto que ele deu na gente, fiz outros bizilhões de exames, que acabaram resultando no que vocês estão sabendo agora.

Eu nunca fumei, não uso nenhuma droga lícita ou ilícita, faço exames de rotina e exercícios físicos regularmente e tenho uma vida considerada saudável, então não…, não tem nenhuma explicação plausível, a vida é como é. 

Por conta da região do meu câncer eu não tive muita alternativa no tratamento, eu tomo doses cavalares de quimioterapia, o que vai deixar o processo mais curto, porém com efeitos colaterais mais rápidos e intensos e é por isso que já estou falando com vocês assim, ontem eu estava bem, hoje eu estou careca.

Sem um discurso piegas, eu quero deixar claro o quanto eu me sinto sortuda, isso é uma coisa que venho repetindo desde quando a gente descobriu tudo isso. Eu tenho uma família que me faz sentir segura e amparada e que me faz ter certeza de que eu tenho um lar para voltar. Então, sim, é um tratamento muito dificil, não queria estar passando por isso, mas sou muito grata pela vida que eu tenho.

Quero aproveitar para pedir perdão aos meus amigos e colegas de trabalho que serão pegos de surpresa agora, nós nos falamos todos os dias para resolver coisas profissionais e eu realmente não estava com coragem para transformar nossas trocas em olhares tristes, porque depois que as pessoas sabem, parece que você vira um bonequinho delicado que tem que ser protegido de tudo e eu nunca gostei muito desse lugar.

Meu tratamento é básico, não precisa de transfusão/transplante, tem começo, meio e fim. Com data para me dizer curada e depois disso é só cuidar de alguns efeitos colaterais.

Agora o mais importante:

Quero aproveitar para retomar a campanha de doação de sangue e medula óssea. Como a Marina disse “é muito simples”, só passar em qualquer hemocentro, preencher um cadastro e coletar 5mls de sangue. Tem que ter entre 18 e 35 anos, não ter histórico de câncer e estar saudável.
Você pode salvar uma vida e, consequentemente, salvar uma família inteira.

Um abraço apertado em todos, sintam-se acolhidos e até jajá.

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